Hurb mantém venda de viagens sem data definida, mesmo com proibição; Senacon investiga
Se comprovado irregularidades, companhia pode sofrer sanções mais severas por violações
Foto: Divulgação/HURB
Desde maio, a venda dos chamados "pacotes flexíveis" pelo Hurb foi suspensa pelo governo. A decisão veio após milhares de consumidores reclamarem que seus pacotes não foram honrados pela companhia, que acabou enfrentando uma crise interna, com direito a demissões e polêmicas. Apesar da proibição, a empresa continua vendendo um produto similar, segundo especialistas.
Os pacotes flexíveis foram proibidos pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que considerou que a modalidade não oferecia garantias suficientes aos consumidores.
Nesses pacotes, o cliente, além de não ter uma data certa para o embarque, não sabia quais empresas prestariam os serviços de transporte e hotelaria.
Porém, uma consulta ao portal da companhia revela que o Hurb adotou o formato de "plano mensal fixo", com semelhanças nas características. O comprador seleciona o mês de partida durante a transação, porém, apenas trinta dias antes descobre os pormenores do itinerário e da acomodação.
Dessa maneira, na fase de compra, não há detalhamento acerca dos provedores de serviço, ao contrário do que ocorria com os denominados "pacotes flexíveis".
A plataforma informa que o cliente não pode alterar a data escolhida, a menos que apresente um "atestado médico que impeça a jornada na data indicada".
A Senacon comunicou que o novo plano está sob análise pela equipe técnica e, se for verificada qualquer infração à medida de precaução estabelecida, medidas mais severas podem ser aplicadas devido à violação, conforme estipulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).