IBGE aponta redução nos registros de nascimentos e mortes; Bahia está entre os estados com maior queda de recém-nascidos

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que houve uma queda de 0,7% no número de registros de bebês em cartórios em 2023 no Brasil. Ao todo, 2.523.267 recém-nascidos foram registrados, o que representa  19.031 nascimentos a menos que o ano anterior, quando os cartórios tiveram  2.537.078  cadastrados. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16), na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2023.

A queda no número de nascimentos entre 2022 e 2023 foi observada em todas as grandes regiões, com exceção no Centro-Oeste, que teve aumento de 1,1%. “A retração no número de registros de nascimentos foi observada pelo quinto ano consecutivo na série histórica analisada”, apontou o IBGE.

O levantamento reúne 6.408 cartórios em todo o país. Entre os estados brasileiros, Rondônia teve a maior redução no número de nascidos registrados: – 3,7%. Na sequência, aparecem o Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). 

Por outro lado, neste mesmo período, Tocantins e Goiás apresentaram os maiores percentuais de aumento nos registros. 

A pesquisa também aponta que em 2023 foram registrados 641.180 nascimentos no Brasil de mães com idade entre 25 e 29 anos no momento do parto, o que representou 25,5% do total no país. Essa é a faixa etária com o maior número de nascimentos. Em seguida, vem o grupo de mães com 20 a 24 anos, com o nascimento de 594.235 bebês.

Queda no nº de mortes

O número de mortes registradas também apresentou queda no período. Em 2023, foram feitos 1.429.575 registros de mortes em cartórios no país, o que representa uma redução de 5,0% em relação a 2022.

De acordo com o IBGE, em 2023 houve uma redução de 5,0% nas mortes, o que corresponde a uma queda de 75.188 óbitos em comparação com 2022, ano em que, apesar da redução dos casos de Covid-19, o novo coronavírus ainda foi bastante letal no primeiro semestre.

No total, 90,6% das mortes foram classificadas como por causas naturais; 7,1% por causas externas; e em 2,3% não foi possível obter a natureza.

Os cinco estados que apresentaram as maiores quedas percentuais no número de óbitos foram: Paraíba (-11,8%), Rio Grande do Sul (-10,2%), Rio Grande do Norte (-7,7%), Paraná (-7,0%) e Ceará (-6,7%)

Na outra ponta, o aumento foi verificado nos estados do  Acre (0,6%), Mato Grosso (0,6%), Amapá (1,5%) e Amazonas (2,0%).