IBGE: Bahia teve maior redução no número de unidades locais de empresas do setor cultural em 10 anos
Segundo dados, houve uma redução de 870 empresas, ou seja, 5,9%
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Entre os anos de 2011 e 2021, a Bahia foi o estado que registrou maior redução absoluta no número de unidades locais de empresas formais do setor cultural. Durante o período, o setor perdeu 870 empresas, passando de 14.701 para 13.831, em uma queda de 5,9%. Os dados são do Sistema de Informações Culturais (SIIC) e divulgados nesta sexta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No estado baiano, o setor cultural também perdeu participação em relação ao total de unidades locais de empresas dentro do estado. Em 2011, a cultura representava 5,7% segmento empresarial baiano. Dez anos depois, esse número recuou para 5,1%.
A maior concentração de queda foi observada no interior da Bahia, já que em Salvador houve crescimento entre 2011 e 2021, passando de 4.225 para 4.693, um aumento de 11,1%.
Salário médio nas empresas do setor cultural
A Bahia também apresentou queda na redução do número de trabalhadores assalariados em empresas formais do setor cultural no período, passando de 51.027 para 50.230 (-797 pessoas ocupadas ou -1,6%).
O salário médio mensal do setor cultural na Bahia em 2021 (R$ 2.370) era o 11º do país, abaixo da média nacional, de R$ 4.121. Os maiores salários médios estavam em São Paulo (R$ 5.559), Rio de Janeiro (R$ 4.993) e Distrito Federal (R$ 4.659). Rondônia (R$ 1.684), Piauí (R$ 1.697) e Acre (R$ 1.734) tinham os menores valores.
Trabalhadores em 2022
Em 2022, os trabalhadores da cultura como um todo, na Bahia, eram mais jovens, formalizados, escolarizados e com rendimento maior que a média.
Os trabalhadores do setor cultural baiano eram, em sua maioria, homens (58,7% das 255 mil pessoas ocupadas) - ainda que essa proporção fosse um pouco menor do que a verificada no total dos trabalhadores do estado (59,2% deles eram homens).
Quase 8 em cada 10 pessoas que trabalhavam no setor cultural como um todo, na Bahia, eram pretas ou pardas (79,9%), em uma proporção ligeiramente menor do que no total dos ocupados no estado (que era de 81,8%).
Segundo o IBGE, 35,4% dos trabalhadores da cultura tinham de 14 a 29 anos, frente a 27,3% de toda a população ocupada no estado. Por outro lado, 19,6% das pessoas ocupadas no setor cultural baiano tinham acima de 50 anos, frente a 21,7% dos ocupados em todos os setores.