IBGE interrompe elaboração da fundação IBGE+ em consequência da desaprovação e protestos de servidores
Sugestão da fundação foi assimilada por funcionários e sindicalistas como um caminho para à privatização
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) optou por interromper a geração da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+), uma providência que aparece após diversas críticas de servidores e do sindicato da categoria. Essa resolução, que é temporária, pretende estudar outros meios e estimular uma conversa com o Congresso Nacional. A proposta da fundação foi assimilada como um caminho para a privatização, que provocou temores sobre a integridade dos dados e a autonomia do IBGE.
A polêmica iniciou em setembro, quando o sindicato soube da proposta da fundação, que já tinha sido debatida em julho. A iniciativa teve grande resistência entre os servidores, que culparam a gestão de Marcio Pochmann de realizar práticas antissindicais. Há pouco tempo, manifestações foram realizadas por funcionários em protesto na sede do instituto, no Rio de Janeiro, para reclamar das últimas decisões da atual administração.
Marcio Pochmann, por sua parte, contestou os argumentos de perseguição e declarou que as denúncias relativas a consultorias privadas que contém servidores estão sendo investigadas. Ele está em uma viagem pelo Brasil para divulgar o plano de trabalho para 2025, porém os servidores demonstram descontentamento pela ausência de consulta nas diretrizes propostas.
A insatisfação com a administração gerou a renúncia de diretores e na divulgação de uma carta aberta por 136 servidores, que expressaram a atitude autoritária de Pochmann.