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Bahia

IBGE: rendas total e domiciliar aumentam na Bahia, puxadas pela alta no salário em 2023

Por outro lado, a desigualdade salarial voltou a crescer no estado, após dois anos em queda

Por Da Redação
Ás

IBGE: rendas total e domiciliar aumentam na Bahia, puxadas pela alta no salário em 2023

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O rendimento médio mensal real de todas as fontes da população com algum rendimento na Bahia ficou em R$ 1.806 no ano de 2023. Ao comparar o valor do ano anterior, quando essa renda média era de R$ 1.742, houve um aumento de 3,7%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e foi divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O avanço registrado em 2023 foi o segundo consecutivo, porém a renda média total do estado no ano passado ainda estava 9,6% abaixo da registrada em 2020 (R$ 1.998), ponto mais alto da série histórica. 

Entre os anos de 2013 e 2023, a Bahia teve uma leve perda na renda média de todas as fontes, de R$ 1.828 para R$ 1.806 (-1,2%). O mesmo movimento ocorreu em outros oito estados, com destaques negativos para Pernambuco (-16,3%), Sergipe (-10,0%) e Amazonas (-8,0%).

Alta da renda na Bahia é puxada por salários 

O resultado da alta da renda média total da população baiana entre 2022 e 2023 (3,7%) foi puxado, principalmente, pelo aumento verificado na renda do trabalho, que voltou a crescer após dois anos em queda. 

No ano passado, o rendimento médio mensal recebido por todos os trabalhos na Bahia ficou em R$ 1.865, em um aumento de 7,2% frente ao ano anterior, quando havia sido de R$ 1.740, o mais baixo na série histórica do estado.

Também em 2023 o rendimento médio mensal real de outras fontes ficou em R$ 1.262, na Bahia, valor 4,0% menor do que o verificado em 2022 (quando havia sido de R$ 1.315, o mais elevado da série histórica).

Desigualdade salarial

Houve um aumento do rendimento médio real dos trabalhadores baianos, mas com maior intensidade entre os que ganhavam mais. Por isso a desigualdade salarial voltou a crescer no estado, após dois anos em queda. Também aumentou a desigualdade salarial por sexo. Porém, as desigualdades por cor ou raça diminuíram.

No ano passado, na Bahia, os 10% de trabalhadores com os menores salários médios, que representavam um grupo de 592 mil pessoas, tiveram uma variação salarial positiva muito discreta, de 0,6%, passando de R$ 176 para R$ 177 por mês. Para a metade (50%) dos trabalhadores com menores rendimentos (2,958 milhões de pessoas), o salário médio teve um aumento de 2,2%, de R$ 704, em 2022, para R$ 719 em 2023. 

Desse grupo em diante, os aumentos foram mais significativos e se intensificavam conforme aumentava o salário médio. Os crescimentos chegaram a 13,9% entre os 10% de trabalhadores com maiores rendimentos (592 mil pessoas, cujo salário médio real aumentou de R$ 6.655 para R$ 7.578, entre 2022 e 2023) e a 23,4% para o 1% com maiores salários (59 mil pessoas, que passaram de um rendimento de R$ 16.401 para R$ 20.236).

Assim, em 2023, o Índice de Gini do rendimento habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia voltou a crescer, passando de 0,476 em 2022, o 14º mais elevado do país, para 0,500, o 8º maior entre as 27 unidades da Federação.

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