Ibovespa tem 10º alta seguida: entenda como isso afeta a economia
De acordo com especialistas, os bons resultados devem continuar em 2026

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O Ibovespa, índice que mede o desempenho das ações de grandes empresas, encerrou esta sexta (7) em alta, com 154.064 pontos, sendo esse seu décimo recorde consecutivo. Neste ano, o índice de ações da bolsa do país atingiu 25 recordes, impulsionado principalmente dos cortes de juros nos EUA e expectativa de redução também na Selic, taxa brasileira.
Com poucas oscilações, a valorização tem se intensificado desde o início do ano, saindo de 118.533 pontos em janeiro, para os atuais 154.064 pontos, representando uma alta de 28%. De acordo com especialistas, um dos fatores determinantes para a sequência de altas da bolsa brasileira foi a mudança do Federal Reserve (Fed), sistema de bancos centrais dos EUA.
Em outubro, o banco central americano reduziu os juros pela segunda vez no ano, menor nível desde 2022. "Com isso, os investidores estrangeiros voltaram a olhar para os mercados emergentes, especialmente para o Brasil, que ainda paga juros reais muito altos", afirmou a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito ao g1.
Juros mais baixos nos EUA diminuem o rendimento dos investimentos mais seguros, fazendo com que investidores busquem aplicações que rendam mais, em mercados emergentes.
Outro fator que contribui para a alta do Ibovespa é a alta taxa de juros no país (Selic), que beneficia grandes empresas do setor financeiro como os grandes bancos. Além disso, o bom desempenho comercial do petróleo, minério de ferro e produtos do agronegócio fortalece empresas importantes no Ibovespa.
Com as ações em alta, as empresas tendem a investir mais, gerando empregos e aumentando a arrecadação de impostos. "A confiança dos investidores nas empresas brasileiras incentiva o crescimento econômico, do qual todos — investidores ou não — podem se beneficiar indiretamente", diz o economista Hênio Scheidt.


