Igualdade salarial entre homens e mulheres injetaria R$ 95 bil ao ano na economia
Atualmente, a remuneração média de que é do sexo masculino é de R$ 4.745,53, enquanto o público feminino alcança R$ 3.755,01

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Se a igualdade salarial entre homens e mulheres fosse uma realidade, seriam injetados R$ 95 bilhões na economia brasileira apenas em 2024. Atualmente, a remuneração média dos homens é de R$ 4.745,53, enquanto a das mulheres é de R$ 3.755,01.
O cenário é ainda mais desigual para as mulheres negras, cujo salário médio é de R$ 2.864,39 — bem abaixo dos R$ 3.647,97 recebidos, em média, pelos homens negros. Em relação aos homens não negros, as mulheres negras ganham apenas 47,5% do valor, percentual inferior ao registrado em 2023, que era de 50,3%.
Os dados da projeção fazem parte do Relatório de Transparência Salarial e de Igualdade, produzido e divulgado pelo Ministério das Mulheres, em cooperação com o Ministério do Trabalho e institutos de pesquisa. O mais recente, publicado em 7 de abril, revelou que as mulheres continuam recebendo, em média, 20,9% a menos do que os homens. “Precisamos incluir esse assunto nas convenções coletivas e combater de forma determinada a distorção salarial entre homens e mulheres”, afirmou Marinho.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirma que o último relatório aponta avanços: a participação das mulheres negras no mercado cresceu de 3.254.272 para 3.848.760.
“Outra boa notícia é que aumentou o número de estabelecimentos em que a diferença nos salários médios e medianos entre mulheres e homens é de, no máximo, 5%”, disse a ministra, que ressaltou, no entanto, que as mulheres negras permanecem sendo as mais afetadas pelas desigualdades no mundo do trabalho e que os desafios para todas as mulheres são grandes.