Ilê Aiyê faz ensaio especial no Curuzu para comemorar 50 anos em Salvador
A celebração começará às 18h30 com caminhada do Plano Inclinado à Senzala do Barro Preto
Foto: André Frutuoso
O Ilê Aiyê, que completou 50 anos de existência neste mês, realiza neste sábado (23) um ensaio especial na Senzala do Barro Preto, sede do bloco afro, no bairro do Curuzu, em Salvador.
Na celebração, a Band’Aiyê fará um encontro histórico com as alas de canto do Cortejo Afro e Muzenza, além das bandas Didá e Orisun.
A festa terá inicio às 18h30, com um cortejo pelas ruas do tradicional bairro da Liberdade, do Plano Inclinado até a Ladeira do Curuzu. A previsão de chegada na Senzala do Barro Preto é duas horas depois.
Por causa da programação, a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) interditará a passagem de veículos das 20h de sábado às 4h de domingo (24), na Rua Direta do Curuzu, entre a Estrada da Liberdade e a Rua da Alegria, com posicionamento de barreiras móveis n Estrada da Liberdade, Rua Direta do Curuzu (próximo ao Supermercado Todo Dia) e na Rua da Alegria.
Em casa, o bloco seguirá os festejos ao som do DJ angolano Fábio Lima, que vai apresentar um set com forte influência da musicalidade africana, e canções de kuduro zouk. Seguindo a programação, Band'Aiyê assumirá ao palco e, com a banda Orisun, o público terá a apresentação exclusiva que vai reunir os blocos afro Muzenza e Cortejo Afro, além da banda feminina de percussão Didá e do próprio Ilê.
A caminhada é gratuita e aberta ao público, enquanto os ingressos para os shows na Senzala do Barro Preto podem ser comprados pela internet, com preços variando de R$ 50 a R$ 200. Toda a arrecadação será destinada à manutenção das iniciativas sociais e culturais da Associação Cultural Bloco Ilê Aiyê, que desenvolve projetos educativos e musicais para a comunidade.
O Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil, completou 50 anos de atividades no dia 1º de novembro.
Mais do que uma agremiação carnavalesca, o Ilê Aiyê é um símbolo da resistência dos negros e da herança ancestral.
Os fundadores do Ilê se inspiraram nas lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, nas guerras de libertação contra o colonialismo na África, e nos movimentos Black Power e Panteras Negras dos Estados Unidos.