Imagens da Nebulosa de Órion são reveladas pelo telescópio James Webb

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou na segunda-feira (2), imagens raras da Nebulosa de Órion, registradas pelo telescópio James Webb. As nebulosas, verdadeiros espetáculos cósmicos, constituem aglomerados de poeira e gases primordiais que podem tanto surgir após a explosão de uma estrela quanto servir como verdadeiros berçários estelares.

Situada ao sul do cinturão de Órion, a aproximadamente 1.300 anos-luz de distância da Terra, a Nebulosa de Órion é uma das mais resplandecentes já catalogadas pelos cientistas. A imagem do aglomerado estelar Trapezio, localizado no coração da Nebulosa de Órion, sendo um dos principais responsáveis por iluminar os elementos gasosos e a poeira que compõem essa majestosa formação celeste.

Conforme comunicado da ESA, a nebulosa é lar de uma diversidade rica de fenômenos e objetos, incluindo: Fluxos e discos de formação de planetas em torno de estrelas jovens; Protoestrelas em desenvolvimento; Anãs marrons; Objetos flutuantes de massa planetária; E regiões de fotodissociação — as fronteiras onde a radiação das estrelas massivas aquece, dá forma e influencia a química do gás.

Os registros foram obtidos pelo instrumento NIRCam, montado no telescópio. Os astrônomos transformaram esses dados em dois mosaicos, representando diferentes comprimentos de onda. Na imagem, o gás ionizado é exibido em tons de roxo, enquanto a mistura de poeira e gás molecular surge em vermelhos, castanhos e verdes. O telescópio James Webb é resultado de uma colaboração internacional entre a NASA, a ESA e a Agência Espacial Canadense (CSA).