Impactos da gravidade: cientistas estudam os efeitos de viagens espaciais de longa duração
Suni Williams, de 59 anos, e Butch Wilmore, de 62, passaram nove meses no espaço

Foto: Reprodução/Nasa
Os astronautas Suni Williams, de 59 anos, e Butch Wilmore, de 62, passaram nove meses no espaço. Especialistas alertam que viagens espaciais longas podem causar diversos impactos no corpo humano, como perda de densidade óssea e muscular, diminuição do tamanho do coração, sono irregular, acúmulo de fluidos na cabeça, enfraquecimento do sistema imunológico e efeitos na saúde mental.
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Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, a brasileira Sofia Etlin, pesquisadora da Universidade de Cornell, em Nova York, explicou que exames detalhados são realizados para entender as mudanças no corpo dos astronautas.
Ela também disse que há estudos em andamento para descobrir como melhorar a capacidade humana de suportar longas viagens espaciais, com foco na colonização da Lua e em missões a Marte.
"A Nasa é uma organização governamental, então a maior parte das pesquisas e avanços nessa área não vêm especificamente dela, mas de laboratórios como o meu, que podem usar as informações coletadas pela agência para criar resultados que retornam para a Nasa para futuras missões", explicou Sofia.
Suni e Butch agora ocupam a sexta posição entre os astronautas da Nasa com maior tempo no espaço, com 286 dias. O recordista é Frank Rubio, com 371 dias. Considerando todos os países, o russo Valeri Polyakov mantém o recorde absoluto, com 437 dias na estação espacial Mir.
O retorno da dupla ocorreu nesta semana, a bordo da cápsula Dragon Freedom, da SpaceX, junto com o americano Nick Hague e o russo Aleksandr Gorbunov, que estavam em outra missão. Foram 17 horas entre a saída da estação espacial e o pouso no mar, na costa da Flórida. Por segurança, os astronautas saíram da cápsula em macas.