Imunização de CoronaVac é atingida 15 dias após aplicação de segunda dose, aponta estudo
Com primeira dose, vacina desenvolve anticorpos, mas eficácia é alcançada com segunda aplicação
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Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) alertam os brasileiros sobre a proteção da vacina CoronaVac contra a Covid-19, doença do novo coronavírus. Eles explicam que uma parcela significativa das pessoas que recebem a dose desenvolve anticorpos após a primeira aplicação, mas que a proteção contra o vírus só é alcançada cerca de 15 dias depois da segunda dose.
"A boa notícia é que a CoronaVac realmente estimula uma produção robusta de anticorpos neutralizantes na maioria das pessoas. Porém, a importante nota de cautela é que isso acontece apenas depois da segunda dose. Quem tomou uma dose só não deve se sentir protegido porque não está", destaca o imunologista Orlando Ferreira, um dos coordenadores do Laboratório de Virologia Molecular (LVM) da UFRJ.
No estudo, os cientistas analisaram a capacidade de neutralização do vírus em 68 pessoas vacinadas. Os testes revelaram que 42 dias após a primeira dose (14 depois da segunda) 84% das pessoas apresentaram proteção.
Proteção contra a variante de Manaus
Um estudo realizado pelo grupo Vebra Covid-19, o primeiro que avalia o imunizante CoronaVac contra a variante P.1, descoberta em Manaus, no Amazonas, se mostrou 50% eficaz em prevenir o adoecimento pela doença após 14 dias da primeira dose. A análise foi feita em trabalhadores de saúde da cidade.
O próximo passo será testar a efetividade da vacina em idosos de Manaus, Campo Grande e todo o Estado de São Paulo.