Incêndio no centro de treinamento do Flamengo completa um ano; CPI ouve familiares de vítimas
Tragédia deixou 10 adolescentes mortos e três feridos

Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incêndios na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deve ouvir nesta sexta-feira (7), às 11h, no Palácio Tiradentes, os familiares das vítimas do incêndio do centro de treinamento do Flamengo, conhecida como Ninho do Urubu, e representantes das diretorias atual e anterior do time.
A tragédia, que deixou 10 adolescentes mortos e três feridos, completa um ano neste sábado (8) e pode ter novos desdobramentos judiciais a partir deste mês. Novas ações estão sendo apresentadas pelo Ministérios Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), a Defensoria Pública e a defesa das famílias das vítimas.
Oito pessoas haviam sido indiciadas pela polícia por homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual no fim do primeiro semestre do ano passado, antes de o MP pedir investigações adicionais à Polícia Civil, que foram concluídas em agosto. O caso voltou ao MP e continuou até dezembro, quando foram solicitadas à polícia informações sobre fatos novos adicionados ao inquérito.
A partir das provas colhidas e reunidas em 11 volumes de inquérito, o Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor do MP-RJ deve oferecer denúncia criminal à Justiça. Assim como o MP-RJ, parte das famílias desses adolescentes também havia decidido aguardar a conclusão do inquérito para entrar na Justiça com ações individuais contra o Flamengo. Somente uma mãe de vítima processou o clube até o momento.