Indicador de Clima Econômico da América Latina registra queda de 7,6 pontos no 2º trimestre, diz FGV
ICE agora conta com o patamar de 65,8 pontos e permanece na zona desfavorável
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou queda de 7,6 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2023, para o patamar 65,8 pontos e permanece na zona desfavorável abaixo dos 100 pontos. Os dados são de levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
“O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina caiu no segundo trimestre de 2023 influenciado pela piora das avaliações sobre a situação econômica atual. As expectativas melhoraram, mas continuam na zona desfavorável. A falta de confiança na política econômica local continua sendo um dos principais problemas para o crescimento econômico da região segundo os especialistas consultados”, justificou a FGV, em nota.
O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 24,7 pontos na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2023, para 52,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) cresceu 10,2 pontos, para 80,3 pontos, recuperando parte das perdas sofridas no trimestre anterior.
Já o Indicador de Clima Econômico (ICE) subiu no segundo trimestre de 2023 em apenas três dos dez principais países pesquisados: Chile (+25,5 pontos), Uruguai (+20,1 pontos) e Colômbia (+5,2 pontos). Por outro lado, as principais perdas ocorreram no Equador (-37,4 pontos), Argentina (-28,3 pontos) e Paraguai (-22,4 pontos).
No Brasil, o ICE encolheu 14,7 pontos, para 58,8 pontos. O ISA despencou 42,0 pontos, para 28,6 pontos, enquanto o IE avançou 16,4 pontos, para 92,9 pontos.
“No caso do Brasil, a piora na avaliação da situação atual supera a melhora nas expectativas. Além disso, como o IE está na zona desfavorável, a perspectiva não aponta para um cenário otimista (favorável) do clima econômico”, avaliou a FGV, na nota.
De acordo com a fundação, os problemas considerados mais relevantes no Brasil foram: infraestrutura inadequada, aumento da desigualdade de renda e falta de competitividade internacional, demanda insuficiente; corrupção, falta de inovação e falta de confiança na política econômica; e falta de mão de obra qualificada e gerenciamento ineficiente da dívida.