Indígenas fecham trechos de rodovias em Porto Seguro contra 'marco temporal'
Protestos também ocorreram nas cidades baianas de Abaré, Itamaraju e Ilhéus
Foto: Reprodução/TV Bahia
Grupos indígenas interditaram trachos de rodovias em diversos pontos da Bahia, como Abaré, Itamaraju, Ilhéus e Porto Seguro, nesta quarta-feira (8), em protesto com o Projeto de Lei - 490, que aborda a criação do "marco temporal", que estabelece novas regras para a demarcação de terras indígenas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento do "marco temporal" na tarde desta quarta, e por isso os grupos realizaram os protestos, como forma de chamar atenção.
O projeto prevê mudanças no reconhecimento da demarcação das terras. Com o "marco temporal", os indígenas só poderão reivindicar a demarcação de terras onde já estivessem estabelecidos antes da data de promulgação da Constituição de 1988, que aconteceu em 5 de outubro do mesmo ano. Com isso, será necessário a comprovação da posse da terra no dia da promulgação.
Cerca de 300 indígenas das tribos Tuxá, Tuxi, Tumbalalá e Atikum se concentraram na BR-116, no entrocamento com a BA-210, em Abaré, desde às 10h. Entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, no estremo sul baiano, grupos indígenas interromperam o tráfego em trecho da BR-367, pelo mesmo motivo.
Manifestação pelo 7 de Setembro em Porto Seguro
Como forma de protestar contra o presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, os indígenas pataxós, em Porto Seguro, enrolaram uma lona preta em volta da estátua de Pedro Álvares Cabral. O monumento está situado na Costa do Descobrimento, na entrada da cidade.