Inflação da zona do euro tem alta de 8,9% em julho e bate novo recorde
Levantamento foi divulgado pela Eurostat, agência de estatísticas da UE
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A inflação na zona do euro registrou um novo recorde com 8,9% em julho, de 8,6% no mês anterior, muito acima das expectativas de 8,6% e bem acima da meta de 2% do Banco Central Europeu, revelaram dados do Eurostat, agência de estatísticas da UE.
O resultado mantém a pressão sobre o BCE para promover outra alta expressiva da taxa de juros em setembro.
Segundo a instituição, a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, chegou a 5,0%, saindo de 4,6%, mais que o dobro da meta de 2% do BCE. Uma medida ainda mais restrita, que exclui álcool e tabaco, saiu de 3,7% para 4,0%.
Inicialmente, a inflação teve um crescimento por conta de gargalos de oferta pós-pandemia. No entanto, mais recentemente, as consequências da guerra da Rússia na Ucrânia têm sido as principais culpadas, já que pressionam os preços de energia, metais e alimentos.
Diante desses fatores, o BCE elevou as taxas em 50 pontos-base este mês, quebrando sua própria orientação para um movimento menor. Além disso, afirmou que terão mais aumentos de taxas para evitar o início de uma espiral de preços-salário difícil de quebrar.
O Banco Central Europeu terá uma reunião no dia 8 de setembro.