Economia

Inflação pelo IPCA deve ficar em 4,38% este ano, prevê mercado

Estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (4)

Por Da Redação
Ás

Inflação pelo IPCA deve ficar em 4,38% este ano, prevê mercado

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O Banco Central (BC) baixou de 4,39% para 4,38% a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2021, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4). Com periodicidade semanal, o documento reúne as projeções para os principais indicadores da economia. O indicador ultrapassa o centro da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4%. 

Contudo, se considerada a margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o índice, porém, permanece dentro da meta, já que pode variar de 2,5% a 5,5%. A projeção para 2021 também foi reduzida, pela segunda semana consecutiva, de 3,34% para 3,32%.  Outro parâmetro adotado pelo mercado financeiro é a taxa básica de juros, a Selic, que consiste no principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação.

Nesta edição do Focus, a taxa prevista para 2021 foi diminuída de 3,13% para 3%. Quanto a 2022 e 2023, a expectativa é de que seja de 4,5% e 6%, respectivamente. A avaliação é de que a instituição poderá acabar com o chamado forward guidance (ou prescrição futura, na tradução do inglês). Adotado em agosto, o forward guidance é uma indicação técnica do BC de que não pretende elevar os juros se a inflação seguir sob controle e o risco fiscal não se alterar. 

Ao avaliar o cenário, o BC afirmou que “em breve, as condições para a manutenção do forward guidance podem não mais ser satisfeitas”. Na prática, se retirar esta mensagem técnica de suas comunicações, o BC ficará mais livre para elevar os juros se achar necessário. No mês de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciou a decisão, tomada em unanimidade, de manter a Selic em 2% ao ano.

A redução da Selic favorece o barateamento do crédito e leva a um menor controle da inflação, o que estimula a produção e o consumo. Apesar disso, os bancos consideram também outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, a margem de lucro e despesas administrativas. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário