Influenciador digital e comparsas são alvos de operação por suspeita de esquema de desvio de R$ 146 milhões via PIX
Mandados de prisão contra Gabriel Spalone e comparsas foram cumpridos nesta terça-feira (23)

Foto: Reprodução/Divulgação
O empresário e influenciador digital Gabriel Spalone, de 29 anos, e outros dois homens são alvos da "Operação Dubai", da Polícia Civil do Estado de São Paulo, nesta terça-feira (23). A operação investiga um suposto esquema criminoso de desvio de R$ 146 milhões por meio de fraudes no sistema Pix.
Segundo informações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), as vítimas são um banco e empresas que perderam o dinheiro após transferências ilegais feitas pelos criminosos.
A Justiça autorizou o cumprimento de três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão, contra Spalone e os comparsas, Guilherme Sateles Coelho e Jesse Mariano da Silva. O primeiro comparsa, foi detido em São Paulo, enquanto o segundo, em Campinas. As investigações indicam que eles teriam se beneficiado em quase R$ 75 milhões do esquema criminoso.
Os mandados de busca foram realizados nos endereços ligados aos investigados, incluindo imóveis na Vila Leopoldina, no Jardim Morumbi, na Vila Santos Henrique e no Jardim Ampliação, todos em São Paulo.
Spalone é dono da Dubai Cash e da Next Trading Dubai_empresas que se apresentam como fintechs utilizadas para operações de pagamentos e investimentos. Ele possui mais de 800 mil seguidores no Instagram, e embora seja o principal investigado no sistema, ainda não foi localizado pela polícia.
Esquema criminoso
As investigações indicam que, no dia 26 de fevereiro de 2025, um banco identificou um movimento atípico nos sistemas, onde em poucas horas, entre 4h23 e 9h47, foram realizadas 607 transferências via PIX, que somaram R$ 146.593.142,28.
O grupo criminoso teria realizado as operações a partir de dez contas vinculadas a uma empresa parceira da instituição financeira responsável pelo serviço de "PIX indireto", prática considerada ilegal, conforme o banco.
O banco ainda conseguiu recuperar mais de R$ 100 milhões, devido a rápida à prática criminosa, mas ainda ficou com um prejuízo de R$ 39 milhões, que afetou à instituição e empresas vinculadas.