Influenciador Franklin Reis está entre presos em operação contra rifas ilegais; humorista acumula mais de 1 mi de seguidores nas redes sociais
Operação da Polícia Civil prendeu ainda o influenciador Ramhon Dias, o policial militar Alexandre Tchaca e o rifeiro Nanam Premiações

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O influenciador digital baiano Franklin Reis está entre os 22 presos na manhã desta quarta-feira (9) na segunda fase da “Operação Falsas Promessas”, que mira esquema de lavagem de dinheiro oriundo de rifas ilegais.
Franklin se apresenta como humorista e coleciona milhões de seguidores nas redes sociais. A prisão acontece no dia do aniversário do influenciador.
Conhecido por interpretar a personagem Neka em vídeos com outros produtores de conteúdo como Dum Ice e Cristian Bell, Franklin Reis participou no último mês do Rancho do Maia, de Carlinhos Maia.
Nas últimas publicações antes de ser preso, Franklin divulgou uma rifa que prometia dois carros modelo Golf TSI, com suspensão de ar e teto solar, e duas motos. O valor da aposta era de R$ 3. O link da rifa também está na bio da conta do influenciador. Nos stories ele aparece ao lado de Cristian Bell mostrando detalhes sobre um dos veículos sorteados. Veja no link.
Reprodução/Redes Sociais
Outros presos
Além de Franklin, o influenciador Ramhon Dias, o casal de "rifeiros" José Roberto Santos - mais conhecido como Nanam Premiações - e Gabriela Silva, além de cinco militares foram presos.
Nanam e Ramhon já haviam sido presos na primeira fase da operação, em setembro de 2024. Ambos utilizavam tornozoleira eletrônica. Ramhon Dias, que tem 427 mil seguidores, foi encontrado pela polícia em São Paulo. Já Nanam Premiações e Gabriela Silva, que juntos somam mais de 250 mil seguidores, estavam em um condomínio de luxo, na Estrada do Coco, na Região Metropolitana de Salvador. Os três são apontados como líderes do esquema.
Um dos cinco policiais presos é Lázaro Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, que tem mais de 160 mil seguidores nas redes sociais. Antes de ser preso, ele publicou um vídeo dizendo que recebeu informações sobre o processo, que corre em segredo de Justiça.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que policiais da ativa e ex-PMs ofereciam proteção, forneciam informações privilegiadas e, em alguns casos, atuavam diretamente como operadores das rifas.
A organização utilizava as redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como carros de luxo. No entanto, a operação identificou que os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros.