Influenciador suspeito de desviar mais de R$ 146 milhões via Pix é preso na Argentina
Gabriel Spalone chegou a ser detido no Panamá, mas foi liberado na tarde de sábado (27)

Foto: Reprodução/Redes sociais
O influenciador e empresário Gabriel Spalone foi preso na noite de sábado (27), ao pousar no Aeroporto Internacional da Argentina, em Buenos Aires, após ser incluído na Difusão Vermelha de procurados da Interpol. Ele é alvo de mandado de prisão temporária, suspeito de integrar um esquema de desvio de R$ 146 milhões via PIX.
Segundo a Polícia Federal, a prisão foi realizada com a ajuda da Polícia Civil de São Paulo e das autoridades da Argentina, Panamá, Paraguai e Estados Unidos. A nota afirma que Spalone deve ser extraditado para o Brasil.
Ao G1, a defesa do empresário afirmou que foi requerido um pedido de revogação da prisão e para a retirada do nome de Spalone da lista da Interpol. Além disso, foi feita uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos, para que ele possa responder ao processo em liberdade.
Spalone foi detido na última sexta-feira (26), quando fazia uma conexão no Aeroporto do Panamá, mas foi liberado na tarde de sábado (27).
Relembre o caso
Gabriel Spalone é proprietário das fintechs Dubai Cash e Next Trading Dubai, além de possuir mais de 800 mil seguidores no Instagram. Ele é o principal alvo da “Operação Dubai”, da Polícia Civil de São Paulo, sendo considerado foragido desde a última terça-feira (23).
O empresário é alvo de um mandado de prisão temporária, suspeito de integrar um esquema que desviou R$ 146 milhões via PIX de um banco e de empresas.
Segundo informações da TV Globo, ele deixou o Brasil na última sexta-feira (26), com o objetivo de ir até Dubai. Ele foi até o Paraguai, onde comprou uma passagem para Nova York, nos Estados Unidos, com escala no Panamá.
Ao chegar ao Panamá, o empresário desistiu de ir para os EUA e comprou uma nova passagem com destino à Holanda. No entanto, quando tentava embarcar no avião, ele foi detido pelas autoridades locais.
Entenda o esquema
De acordo com a polícia, os suspeitos usaram a credencial de uma prestadora de serviços para desviar os valores de um banco, em fevereiro deste ano.
A Polícia Civil constatou que o esquema utilizou 10 contas mantidas junto à entidade bancária para recebimento dos valores. As investigações apontaram também que os golpistas utilizaram o Pix como meio de transferência.
A Operação Dubai, como foi batizada, buscava cumprir ainda mais quatro mandados de busca e apreensão na capital paulista. Ainda conforme a polícia, boa parte do dinheiro desviado foi estornado. Os presos devem responder pelos crimes de furto mediante fraude e associação criminosa.