Inquérito isenta militares e aponta falhas do governo Lula no 8 de janeiro, diz jornal
Na data, as sedes dos três Poderes, em Brasília, foi invadida e depredada
Foto: Agência Brasil
O inquérito policial militar aberto para investigar os militares encarregados da segurança do Palácio do Planalto, diante do atentado aos prédios dos três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, isentou as tropas de qualquer responsabilidade e apontou "indícios de responsabilidade" da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que faz parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Um relatório sigiloso, obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, revela que a apuração concluiu que, com um planejamento "adequado" desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as invasões poderiam ter sido evitadas ou seus danos minimizados.
No entanto, o relatório aponta a responsabilidade da secretaria do GSI de forma genérica, sem citar nomes. À época do atentado, a secretária era chefiada pelo general Carlos Feitosa Rodrigues, que assumiu o cargo em 2021, durante a gestão de Augusto Heleno. Ele permaneceu no governo Lula após a entrada do general Gonçalves Dias, que pediu demissão em abril após a divulgação de imagens que questionavam a atuação do órgão durante o ocorrido em 8 de janeiro.
Segundo o documento, no âmbito do GSI, "resta evidente" que "o planejamento, o acionamento e o emprego" de militares "não toca às ações necessárias à manutenção da integridade física do Palácio do Planalto e adjacências" cabe à secretaria.