Instituto Fogo Cruzado: sete adolescentes foram mortos em Salvador e RMS em maio

Um levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado na Bahia, divulgado nesta quarta-feira (5), revela que sete adolescentes foram mortos em Salvador e Região Metropolitana em maio. Esse é o maior número de adolescentes mortos por arma de fogo registrado pela pesquisa.

Os dados fazem parte do quinto relatório de 2024, que registra 157 tiroteios, resultando em 110 mortos e 35 feridos. Entre os sete adolescentes mortos, seis foram baleados em Salvador e um no município de Dias D’ávila.

Entre as situações em que os adolescentes foram atingidos, houve um caso dentro de uma residência, outro em que um adolescente ainda estava com a farda do colégio, e um terceiro em que a vítima foi atingida com mais de dez tiros.

Confira abaixo o mapa da violência:

-Salvador: 129 tiroteios, 91 mortos e 28 feridos
-Camaçari: 14 tiroteios, 10 mortos e 3 feridos
-Lauro de Freitas: 5 tiroteios, 5 mortos e 2 feridos
-Simões Filho: 5 tiroteios, 2 mortos e 1 ferido
-Dias D'ávila: 2 tiroteios, 1 morto e 1 ferido
-Mata de São João: 1 tiroteio e 1 morto
-São Francisco do Conde: 1 tiroteio sem vítimas

Entre os bairros mais afetados pela violência armada no mês de maio, estão:

-Mirantes de Periperi (Salvador): 7 tiroteios e 1 morto
-São Cristóvão (Salvador): 6 tiroteios e 4 mortos
-São Caetano (Salvador): 5 tiroteios e 5 mortos
-Castelo Branco (Salvador) : 4 tiroteios e 3 mortos
-Cosme de Farias (Salvador): 4 tiroteios e 4 mortos
-Federação (Salvador): 4 tiroteios e 1 morto
-Pirajá (Salvador): 4 tiroteios, 4 mortos e 1 ferido

Perfil das vítimas

Em maio, foram registrados 157 tiroteios em Salvador e Região Metropolitana, resultando em 145 pessoas baleadas: 110 morreram e 35 ficaram feridas.

Entre os 110 mortos, 104 eram homens e seis eram mulheres. Das 35 pessoas feridas por arma de fogo, 28 eram homens e sete eram mulheres. Entre as vítimas identificadas como negras, 47 foram mortas e sete ficaram feridas; entre as brancas, uma foi morta e outra ferida. Não foi possível identificar o recorte racial de 89 pessoas (62 mortas e 27 feridas).