Inteligência artificial pode ajudar pessoas com doenças degenerativas
A ideia surgiu de uma necessidade do matemático russo Dimitri Kanevsky
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Foto: Sergio Matsuura / Reprodução
Inteligência artificial pode ajudar pessoas com doenças degenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A ideia surgiu de uma necessidade do matemático russo Dimitri Kanevsky. Surdo desde a infância, o pesquisador dedicou sua vida ao desenvolvimento de tecnologias de reconhecimento de voz para facilitar a sua comunicação.
Ele inventou um aparelho auditivo multicanal e desenvolveu o primeiro sistema de reconhecimento de voz para auxílio a deficientes auditivos em telefones. Entre 1986 e 2014, trabalhou na IBM, onde desenvolveu aplicações para o uso da fala para biometria e o ViaScribe, software que transcreve a fala em tempo real.
Depois, migrou para o Google, onde atua no desenvolvimento de algoritmos de reconhecimento de voz. Participou da criação do aplicativo Live Transcribe, que transcreve conversas em tempo real em mais de 70 línguas. Mas, por causa de seus problemas na fala, o programa o auxilia apenas a entender o que outras pessoas dizem, não para ele próprio se expressar.
O projeto piloto foi realizado com o algoritmo do Live Transcribe treinado com a fala de Kanevsky.