Interpol estuda formas para policiar crimes cometidos no metaverso
Uma das principais dificuldades é a definição do que seria ilegal na plataforma
Foto: Lucrezia Carnelos/Unsplash
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) anunciou que estuda meios para policiar crimes cometidos no metaverso. Porém o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, afirmou que ainda há muito a ser feito e alguns problemas para se enfrentar, incluindo a própria definição do que seria um crime nesse ambiente virtual.
Em entrevista à BBC, o secretário-geral afirmou que os criminosos devem se adaptar às novas ferramentas tecnológicas para cometer crimes. A indicação da intenção da organização de passar a atuar nesse ambiente ocorre quase quatro meses depois que a Interpol lançou seu próprio metaverso em outubro de 2022, na 90ª Assembleia Geral da Interpol em Nova Delhi, Índia.
A agência aponta ainda que "à medida que o número de usuários do metaverso cresce e a tecnologia se desenvolve, a lista de possíveis crimes só se expandirá para potencialmente incluir crimes contra crianças, roubo de dados, lavagem de dinheiro, fraude financeira, falsificação, ransomware, phishing e agressão e assédio sexual".
De acordo com Stock, os criminosos começaram a mirar usuários em plataformas semelhantes ao metaverso, acrescentando que “precisamos responder suficientemente a isso”. No entanto, a organização enfrenta problemas para definir o que configura um crime nesse ambiente.