Investigação conclui que assessor do Governo cometeu crime de preconceito
Gesto feito por Filipe Martins foi associado a grupos supremacistas

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A Polícia Legislativa concluiu nesta quarta-feira (5), que o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, cometeu crime resultante de preconceito ou raça de cor após um gesto feito durante uma audiência no Senado.
O caso aconteceu em março deste ano durante uma fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Atrás de Pacheco, Martins juntou os dedos indicador e polegar da mão direita de forma arredondada e passou sobre o paletó do terno que ele usava. O gesto foi interpretado obsceno por parlamentares e associado a uma saudação utilizada por supremacistas brancos.
Documentos apurados pelo G1 apontam que a Polícia Legislativa se baseou em outros casos semelhantes envolvendo o assessor e outras pessoas ligadas a grupos extremistas.
Como o inquérito corre em segredo de Justiça, o Ministério Público vai enviar o caso para a Polícia Federal e depois vai analisar se pede mais investigações para denunciar Filipe Martins ou se vai arquivar o caso.