Investigação interna sobre tragédia de Brumadinho deve ser concluída ainda neste mês, segundo a Vale

Uma investigação interna sobre os responsáveis pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em janeiro deste ano, em Minas Gerais, deve ser concluída ainda neste mês, segundo informou o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeu, durante uma apresentação para investidores em Londres.

O rompimento da barragem de minério na região do Córrego do Feijão deixou mais de 250 mortos e era controlada pela empresa da Vale. Mesmo após dez meses da tragédia, o 257º corpo foi encontrado nesta terça-feira (3). Cerca de 13 pessoas ainda estão desaparecidas.

Em agosto deste ano, a Vale foi condenada pela Justiça estadual de Minas Gerais a reparar os danos provocados pelo rompimento da barragem.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho indiciou no dia 5 de novembro, os 22 diretores e engenheiros da Vale e da empresa alemã Tüv Süd, responsável pelo laudo de estabilidade da barragem, foram indiciados, assim como as respectivas empresas. 

O relator do inquérito, deputado Rogério Correia (PT-MG), afirmou que o rompimento da barragem foi um assassinato em massa, além dos danos socioambientais e econômicos causados, dos quais ainda são incalculáveis. Os réus foram acusados de homicídio doloso, lesão corporal dolosa, poluição ambiental por rejeitos minerais com sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente, além de destruição de área florestal considerada de preservação permanente.

A empresa também teve 24 autuações emitidas pela Agência Nacional de Mineração (AMN) após divulgação do relatório final técnico. De acordo com o documento, cinco inconsistências foram apontadas nos depoimentos prestados pela empresa durante o ano de 2018 e a situação do local, analisadas pela própria Vale após o rompimento da barragem.

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