Investimento em renda fixa cresce no 2º trimestre e chega a 61%, revela Anbima
Essa retomada tem sido motivada pela alta na taxa básica de juros, a Selic

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Um levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), feito a pedido da CNN, revelou que a renda fixa representava 61,3% dos investimentos dos brasileiros no segundo trimestre de 2022, registrando o maior patamar trimestral dos últimos quatro anos.
Na análise, a instituição considera para anos anteriores o último trimestre de cada ano, mas destaca que o número de abril a junho é maior que todos os trimestres do período.
Com esse tipo de investimento, a modalidade que registra o maior número de busca pelos brasileiros é a poupança, que atrai os investimentos de pelo menos 35% da população poupadora. Em seguida, aparece a previdência, com 15%, mostra o levantamento.
A retomada pela procura da renda fixa tem sido motivada pela alta na taxa básica de juros, a Selic. A taxa teve seu 12º aumento consecutivo na última quarta-feira (3), indo a 13,75% ao ano.
“Os títulos de renda fixa tomam como referência a taxa básica de juros da economia, a Selic. E, à medida que os juros sobem, a remuneração dessas aplicações acompanha a variação – tornando atrativo para o investidor”, destaca o coordenador do MBA em Gestão Financeira da FGV, Ricardo Teixeira.
O especialista da FGV ainda projetou o futuro da renda fixa para os próximos meses de ano. De acordo com ele, é esperado que a procura pelo ativo continue crescendo.
“Bem provável ver esse número evoluindo até o final do ano, muito impactado por possíveis novas altas da taxa Selic. Além disso, também precisamos observar a redução do índice inflacionário, o que tornaria os títulos ainda mais atrativos nos próximos meses”, finalizou Teixeira.