IPCA-15: prévia da inflação fica negativa na RM Salvador em novembro e é a menor em 23 anos
Preços médios de cinco dos nove grupos foram responsáveis pela deflação
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro ficou negativo, após registrar uma queda de 0,12% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A baixa veio após alta de 0,40% vista em outubro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a variação de -0,12%, a RM Salvador teve a maior deflação (ou queda média dos preços), segundo o IPCA-15, para um mês de novembro, nos 23 anos de série histórica do indicador regional (iniciada em 2000). Também foi o recuo mais intenso dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE no Brasil, significativamente menor do que o índice nacional (0,33%).
No cenário nacional, os maiores aumentos ocorreram em Brasília (0,61%) e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (0,56%) e São Paulo (0,47%).
Deflação é resultado de queda nos preços de 5 grupos
A deflação registrada em novembro na RM Salvador foi resultado de quedas nos preços médios de cinco dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
A principal influência veio do grupo transportes que, após quatro meses de altas consecutivas, teve a retração mais intensa (-0,80%). A força veio dos combustíveis (-3,98%), com força maior da gasolina (-4,0%), item que individualmente mais puxou para baixo a prévia da inflação de novembro na RMS. O etanol (-4,12%) e o diesel (-3,64%) também recuaram, segundo o IPCA-15.
As despesas com saúde e cuidados pessoais (-0,61%) tiveram a segunda deflação mais intensa e deram a segunda contribuição mais importante para a queda do IPCA-15 de novembro, na RM Salvador. Os produtos para cabelo (-7,96%) e os remédios contra hipertensão e colesterol alto (-2,93%) foram as principais influências de baixa no grupo.
Por outro lado, dentre os quatro grupos de produtos e serviços com altas na prévia da inflação do mês, habitação, com o segundo maior aumento (0,48%), foi o que mais impediu o IPCA-15 de cair ainda mais, sob influência importante do gás de botijão (2,03%) e das taxas de água e esgoto (2,23%). O maior aumento médio dos preços em novembro, na Região Metropolitana de Salvador, segundo o IPCA-15, veio do vestuário (0,95%), puxado pelas roupas femininas (1,58%) e pelos calçados e acessórios (1,25%).
Apesar da queda relevante do grupo transportes, as passagens aéreas (13,23%) foram, pelo segundo mês consecutivo, o item com a maior alta, segundo o IPCA-15, e, mais uma vez, exerceram a maior pressão inflacionária individual, na RMS.
