IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,40% na RMS em outubro
Desempenho superou a média nacional, que ficou em 0,21%
Foto: Agência Brasil/Marcello Casal
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (26), mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,40% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em outubro. Isso marca uma recuperação após uma variação negativa em setembro (-0,03%).
Com esse resultado, a RMS teve o segundo maior índice entre as 11 áreas pesquisadas pelo IBGE, ficando abaixo apenas do município de Goiânia/GO (0,63%). O desempenho da RMS superou a média nacional, que ficou em 0,21%. No entanto, dentre os locais pesquisados no IPCA-15, três registraram deflação em outubro: as Regiões Metropolitanas de Fortaleza/CE (-0,28%), Belém/PA (-0,07%) e Recife/PE (-0,06%).
No acumulado de janeiro a outubro de 2023, o IPCA-15 da RM Salvador acumulou um aumento de 3,89%, ligeiramente abaixo da média nacional (3,96%). Nesse cenário, a RMS ocupa a 7ª posição entre as 11 áreas pesquisadas. Nos 12 meses encerrados em outubro, o índice acumulou um aumento de 4,88% na RM Salvador, também abaixo do indicador nacional (5,05%), colocando-a como a 8ª área com a maior taxa de inflação no país.
Veja os principais resultados do IPCA-15 de outubro:
Fonte: IBGE
Setores
Os dados revelam que a prévia da inflação medida pelo IPCA-15 de outubro na RMS foi impulsionada por aumentos nos preços médios em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o índice. O grupo de transportes desempenhou um papel importante nesse resultado, apresentando o maior aumento (1,14%) e sendo liderado pelo transporte público (4,78%).
De acordo com o IPCA-15, as passagens aéreas (25,85%) foram o item com a maior alta, enquanto as despesas com habitação (0,76%) tiveram o terceiro maior aumento médio e contribuíram para o aumento geral de preços na RMS . A taxa de água e esgoto (4,42%) e o gás de botijão (1,98%) tiveram um impacto ascendente no IPCA-15 deste grupo.
Por outro lado, o grupo que mais contribuiu para conter a prévia da inflação foi alimentação e bebidas (-0,11%), registrando uma queda média nos preços pelo quarto mês consecutivo e uma redução significativa no acumulado do ano (-1,16%). Esse grupo, com grande peso no custo de vida das famílias da RMS, foi influenciado novamente pela queda nos preços das carnes (-1,03%), especialmente da carne seca e de sol (-2,07%).