IPCA-15 registra alta de 0,28% em agosto, com aumento da conta de energia elétrica
Prévia da inflação, índice acumulou 4,24% na janela de 12 meses

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,28% para o mês de agosto, de acordo com o divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice teve aceleração de 0,35 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve queda de 0,07% para julho. Em agosto de 2022, o IPCA-15 foi de -0,73%. O acumulado de 12 meses foi 4,24%.
O principal impacto, segundo o IBGE, vem do aumento da conta de energia elétrica residencial, que subiu 4,59% no mês e teve peso de 0,18 ponto percentual no IPCA-15. O salto se deu pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas do mês anterior.
Além do final do bônus, neste mês também houve reajustes de energia em três capitais pesquisadas pelo IBGE: Curitiba (9,68%), Porto Alegre (5,44%) e São Paulo (4,21%).
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta, com maior variação do grupo de Habitação (1,08%), seguida de Saúde e cuidados pessoais: 0,81%; Educação: 0,71%; Alimentação e bebidas: -0,65%; Despesas pessoais: 0,60%; Transportes: 0,23%; Comunicação: 0,04%.
No entanto, o destaque de queda é do grupo de Alimentação e bebidas, com deflação da alimentação no domicílio (-0,99%), com baixa nos preços de alimentos in natura, como batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%).
Pressões menores no IPCA-15 vieram dos grupos de Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%).
O primeiro grupo teve alta puxada por itens de higiene pessoal, que subiram 1,59% em agosto depois de registrarem deflação de 0,71% em julho. "Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente", destaca o IBGE.
Em educação, o fluxo de subida vem de cursos regulares (0,74%), com reajustes em subitens como creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). "A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%)", diz o instituto.