Economia

Ipea: Impacto da pandemia é maior para trabalhadores jovens

Pesquisa aponta que gesemprego afetou mais as pessoas com ensino médio incompleto

Por Da Redação
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Ipea: Impacto da pandemia é maior para trabalhadores jovens

Foto: Agência Brasil

De acordo com os dados da Carta de Conjuntura divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na última quarta-feira (14), os trabalhadores com idade entre 18 e 24 anos foram os mais prejudicados pela pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A taxa de desocupação subiu de 23,8% no quarto trimestre de 2019 para 29,8% no mesmo período de 2020, o que corresponde a quase 4,1 milhões de jovens à procura de emprego.

No recorte por escolaridade, o desemprego foi maior para os trabalhadores com ensino médio incompleto: alta de 18,5% para 23,7%, na mesma base de comparação. Em contrapartida, a ocupação dos que têm ensino superior continuou crescendo e houve alta de 4,7%, na comparação entre os números de trabalhadores nesta condição, nos respectivos trimestres de 2019 e 2020. 

Dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que, embora a ocupação tenha voltado a crescer após ter atingido, em julho do ano passado, o menor valor da série (80,3 milhões), em janeiro deste ano havia 86,1 milhões de trabalhadores ocupados no país. O resultado é  bem abaixo do observado antes da pandemia.

De acordo com a economista Maria Andréia Lameiras, autora do estudo, a crise sanitária potencializou as diferenças existentes no mercado de trabalho. “À medida que os dados das PNADs contínuas foram disponibilizados, o cenário de forte deterioração, que conjuga desemprego elevado e aumento da subocupação e do desalento, foi se tornando cada vez mais evidente, principalmente nos segmentos mais vulneráveis, os jovens e os menos escolarizados, cuja probabilidade de transitar da desocupação e da inatividade para a ocupação, que já era baixa, se tornou ainda menor”, disse.

O documento do Ipea mostra ainda que, no quarto trimestre de 2020, a taxa de desemprego para o sexo feminino (16,4%) foi superior à do sexo masculino (11,9%). No recorte regional, ainda no último trimestre do ano, as regiões Nordeste e Sudeste tiveram maior incremento na taxa de desemprego: de 13,6% para 17,2% e 11,4% para 14,8%, respectivamente.
 

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