Iphan e Codesal interditam mais cinco igrejas após vistorias em Salvador
No mínimo 11 templos foram visitados por uma força-tarefa do órgão federal, além da Igreja de São Francisco de Assis
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Foto: Defesa Civil de Salvador
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Defesa Civil de Salvador (Codesal) interditaram mais cinco igrejas de Salvador após vistorias realizadas na capital baiana nesta semana. A informação foi divulgada pelos órgãos à imprensa, nesta quinta-feira (13).
Uma das igrejas interditadas foi a Igreja de São Francisco de Assis, onde uma turista de 26 anos morreu após o desabamento do teto do templo. Além da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, fechada na quarta-feira (12), confira as outras igrejas que foram interditadas:
- Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat;
- Igreja dos Perdões;
- Igreja de Nossa Senhora da Ajuda;
- Igreja da Ordem Terceira do Carmo;
- Igreja de São Miguel.
A ação das forças-tarefas foram intensificadas como forma de prevenção após o acidente ocorrido no Pelourinho. No total, a Bahia conta com 184 bens tombados pelo órgão. Deste, 51 são igrejas, com 30 na capital baiana.
A última vistoria da Iphan na 'igreja de ouro' tinha sido em maio de 2024. Agora, o templo a Polícia Federal (PF) assume todo o processo investigativo sobre o episódio do incidente.
ACIDENTE NO PELOURINHO:
Giulia Panchoni Righetto era uma turista, natural de Ribeirão Preto, em São Paulo, e visitava a igreja com o namorado e um casal de amigos, quando a fatalidade aconteceu. Os homens não se lesionaram, pois estavam mais afastados da igreja. Já a amiga da vítima sofreu um corte na testa e foi levada a um hospital. Outras cinco pessoas presentes no complexo religioso ficaram feridas. Giulia foi sepultada em Londrina, no Paraná, no domingo (9).
O superintendente estadual do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Hermano Queiroz, citou que a responsabilidade pela vistoria e manutenção do teto da Igreja não é dos órgãos públicos, mas da Ordem Franciscana.
O coronel do Corpo de Bombeiros, Adson Marchesini, afirmou que não foram identificadas mais vítimas no local após uma nova varredura na Igreja. Já o diretor da Codesal, Sosthenes Macêdo, apontou que mesmo diante da idade do edifício, não existia um risco iminente de desabamento, e confirmou que a área da igreja está interditada para apuração. Um dos primeiros a presenciar o acidente foi o faxineiro Antônio Ferreira, que deu detalhes de como foi a queda da estrutura.
Durante a repercussão do acidente, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, também havia prestado solidariedade às vítimas do acidente da Igreja. A Arquidiocese de São Salvador da Bahia também lamentou o fato.