Michel Telles
Irmão de Luciano Huck sai do armário e apresenta o namorado
Na postagem com o namorado, o rapaz fez um longo desabafo contra a homofobia
Por Michel Telles
Ás
Foto: Instagram
O jovem Fernando Grostein Andrade, irmão do apresentador Luciano Huck, resolveu compartilhar com seus seguidores nas redes sociais um desabafo sobre a importância do mês do Orgulho LGBTQ.
No Instagram, o cineasta celebrou a Gay Pride de Los Angeles no Estados Unidos e falou sobre a importância das Paradas em todo o mundo: "Hoje é dia da parada LGBT aqui em Los Angeles, mês do pride. Por que é importante? Quando eu era estudante ouvia piadas contra nos LGBTQs em todas escolas onde estudei. Vera Cruz, Santa Cruz e também na FGV onde me formei. Não eram todos, mas eram muitos alunos e até alguns 'professores'", lamentou o cineasta sobre como é ruim o preconceito na fase escolar, quando a criança não entende o que está acontecendo e nem como se defender.
Fernando continuou e relembrou outros casos de homofobia pelo qual já passou: "Na época em que dirigia publicidade, lembro de uma reunião numa grande agência onde a diversão de alguns publicitários foi passar um bilhete falando: “o diretor é viado”. Em outra, me demitiram de comercial de cerveja com o tema futebol depois de escutar minha voz e me acharem muito delicado na reunião. Anos depois me assumi aqui na Internet, nos jornais e na TV, justamente por acreditar que não devemos e não podemos mais nos calar e precisamos nos posicionar", enfatizou.
O irmão de Huck ainda contou que recebeu ameaças de morte quando assumiu sua sexualidade: "Recebi mensagens publicas e anônimas de apoio, mas também outras dizendo que deveria apanhar ate a morte. Levando em conta que sou branco e nasci cheio de privilégios, imagino o quanto aqueles que não tiveram os escudos que eu tenho sofrem. Uma vez entrevistei um grande banqueiro que disse que privilegio deve ser exercido com responsabilidade. Por isso continuo e vou continuar a levantar a bandeira LGBTQ com orgulho. Parada não é farra, não é só festa. Parada é para mostrar: estamos aqui, somos fortes, não vamos recuar e vamos avançar. Incontáveis anos em que a Igreja Católica promoveu uma sangrenta perseguição a nos pelas palavras de Paulo de Tarso, o Sao Paulo, institucionalizaram a homofobia na politica, educação e no esporte. Com o avanço dos promotores de ódio, deixo claro nossa posição: somos muitos e não vamos nos curvar", afirmou.