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Israel planeja resposta 'surpresa' e 'precisa' contra Irã após bombardeios

Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quarta-feira (2) para discutir situação do Oriente Médio

Por Da Redação
Ás

Israel planeja resposta 'surpresa' e 'precisa' contra Irã após bombardeios

Foto: Reprodução/El Pais

As Forças de Israel estão planejando uma resposta ao ataque lançado pelo Irã contra o território do país. Segundo as autoridades, o revide pretende comprovar as capacidades de "surpresa" e "precisão" israelenses. 

Nesta quarta (2), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, declarou que a ação militar contra Israel está concluída e que o bombardeios foram um exercício do direito de autodefesa.

Na terça-feira (1º), o Irã atacou diretamente Israel. O país disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra as cidades mais importantes do país: Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa israelense. Não houve registro de mortes ou grandes estragos.

A Guarda Revolucionária Iraniana comunicou que o ataque foi uma retaliação por “diferentes assassinatos e pelos crimes na Palestina e no Líbano”. O grupo se refere às mortes de Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, assassinado na capital do Irã; Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã, ambos mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.

Após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque. Países, como Estados Unidos, Reino Unido e França, condenaram o ataque do Irã contra Israel. A comunidade internacional voltou a pedir por uma desescalada no conflito no Oriente Médio.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã apelou ao Conselho de Segurança da ONU para que tome "ações significativas" para evitar ameaças contra a paz e a segurança regionais.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas se reúne às 11h nesta quarta para discutir a crise no Oriente Médio. Nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou "persona non grata" o secretário-geral da ONU, António Guterres, que fica proibido de entrar no país. De acordo com Katz, a decisão se deu pela recusa de Guterres em condenar "de forma inequívoca" os ataques iranianos de terça.

Histórico do conflito

Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.

A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.

Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra". Netanyahu disse que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.

No dia 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006. Em uma semana, mais de mil pessoas foram mortas no Líbano, entre elas dois brasileiros.

Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute. Um dia antes da ofensiva iraniana, Israel lançou uma operação terrestre no Líbano, mirando alvos específicos do Hezbollah. Os militares garantiram que estavam fazendo ataques precisos e controlados contra o grupo.

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