Itaipu Binacional reduz em 19,5% tarifa de eletricidade para 2023
Novo valor foi aprovado nessa segunda-feira (17)
Foto: Divulgação/MME
A Itaipu Binacional definiu, nessa segunda-feira (17), a tarifa de serviço de eletricidade para o ano de 2023. O valor de US$ 16,71/kW para este ano é 19,5% menor que o valor de 2022, de US$ 20,75 /kW. A definição ocorreu na reunião extraordinária do Conselho de Administração da Itaipu, na sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília (DF), e em videoconferência com a sede da Itaipu em Assunção, no Paraguai.
Durante o encontro, os conselheiros brasileiros e paraguaios entraram em consenso sobre o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), ou seja, o custo para produção de energia da Itaipu. A tarifa considera a dívida de construção da usina hidrelétrica, que foi quitada em 28 de fevereiro deste ano, com um pagamento total de US$ 63,5 bilhões.
Além disso, a redução da tarifa de Itaipu reflete o novo cenário de custos da binacional, beneficiando o consumidor de energia sem prejuízo à qualidade da prestação de serviços de Itaipu, como o fornecimento de energia limpa e renovável para o Brasil e o Paraguai, a manutenção de projetos socioambientais e de investimentos no desenvolvimento sustentável dos dois países.
“Este acordo representa o respeito mútuo entre Brasil e Paraguai. Chegamos a um consenso binacional, com uma redução significativa, mantendo a capacidade da Itaipu para investimentos sociais, ambientais e em infraestrutura, conforme as diretrizes do governo do presidente Lula”, garantiu o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.
A tarifa é cobrada das entidades compradoras, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e Administração Nacional de Eletricidade (Ande), do Paraguai. No Brasil, a tarifa da Itaipu é um dos componentes considerados para definição da Tarifa de Repasse, aplicada ao consumidor pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O impacto na conta de luz do consumidor brasileiro, no entanto, será bem menor que isso. Ficará apenas cerca de 1% mais barata em relação ao que vinha sendo pago. Isso porque a Itaipu abastece 8,6% do mercado brasileiro, conforme esclareceu a binacional, por meio de sua assessoria de imprensa