Jejum extremo de seita deixa 90 mortos no Quênia
Investigadores estão na floresta de Shakahola em busca de mais corpos
Foto: Reprodução/G1
O número pessoas mortas vítimas de uma seita que promovia o jejum extremo na floresta de Shakahola, no leste do Quênia, subiu para 90, depois que mais 17 corpos foram encontrados nesta terça-feira (25). O balanço, que inclui crianças, é provisório.
Os investigadores fazem buscas por valas em uma floresta de 325 hectares, que fica perto da cidade costeira de Malindi.
A descoberta das mortes por causa do jejum extremo provocou uma onda de indignação no Quênia. O presidente do país, William Ruto, disse que vai tomar medidas contra as pessoas que "utilizam a religião para promover seus atos atrozes".
A maioria dos corpos exumados é de crianças. Foram encontrados até seis pessoas em valas comuns. Diante da chegada em larga escala de corpos, o necrotério do hospital local está lotado. As equipes continuam procurando sobreviventes, em uma luta contra o tempo.
A Good News International Church, que promove a prática de jejuar até morrer, é liderada por Paul Mackenzie Nthenge, que foi preso recentemente após chegarem à polícia denúncias de que seus seguidores estavam morrendo de fome e sendo enterrados em covas rasas na área vegetativa. Os seguidores, no entanto, seguem escondidos jejuando.