Jerônimo anuncia operação policial 'sem data para acabar' em Jequié após 8 homicídios
Declaração do governador foi feita nesta segunda-feira (6), em Salvador
Foto: Farol da Bahia
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, comentou nesta segunda-feira (6) a decisão de reforçar o policiamento em Jequié, no sudoeste da Bahia, após oito homicídios serem registrados na cidade entre a última sexta (3) e domingo (5).
Segundo o governador, a intenção é realizar uma operação no município sem data para acabar. “A informação da inteligência é de que foi resposta entre eles, do crime organizado, mas não vamos deixar isso acontecer. Pedi que o coronel [José Reis de Azevedo] Coutinho se instalasse lá, para ficar dois, três, quatro, quantos dias forem precisos”, declarou.
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O reforço foi anunciado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) ainda no domingo. Segundo a pasta, a ação tem o intuito de aprimorar o combate às facções envolvidas com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos e corrupção de menores.
Jerônimo detalhou ainda que a operação será realizada dentro do presídio e nas regiões que têm maiores registros de violência. Conforme a SSP-BA, estão envolvidas as Polícias Militar e Civil e a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).
Duplo homicídio no fim de semana
No domingo, um casal foi encontrado morto a tiros no condomínio residencial Mandacaru 2. As vítimas foram identificadas como Abraão Almeida e Maria Clara Silva, e não tiveram as idades divulgadas.
Os corpos das vítimas estavam despidos e carbonizados dentro de uma residência aparentemente abandonada.
O Departamento de Polícia Técnica realizou perícia e removeu os corpos para necropsia. Nenhum suspeito foi identificado.
Terceira cidade mais violenta do país
Jequié é a terceira cidade mais violenta do Brasil. Em um ano, o município passou do mais violenta do país para o com maior letalidade policial, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2023, a maior parte das mortes foi causada por ação de agentes estatais (55,2%). A taxa chegou a 46,6 por 100 mil pessoas, 1.380% superior à média nacional.
