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John Textor defende a criação de teto salarial no futebol brasileiro; entenda a proposta

Dono da SAF do Botafogo diz que sem um limite, o Bahia, comandado pelo Grupo City, será imbatível

Por Da Redação
Ás

Atualizado
John Textor defende a criação de teto salarial no futebol brasileiro; entenda a proposta

Foto: Vitor Silva/Botafogo

O dono da SAF do Botafogo, John Textor, voltou a mostrar-se preocupado com o atual momento do futebol brasileiro. Em uma entrevista ao GE, o empresário defendeu a criação de um teto salarial para os clubes brasileiros.

Na entrevista, Textor diz acreditar que a chegada de empresas, como o Grupo City, que controla o futebol do Bahia, ao Brasil, pode desestabilizar o cenário esportivo brasileiro. Textor ainda enviou um recado, citando nominalmente Corinthians, Palmeiras e Flamengo.

“Se não fizermos alguma coisa sobre o Fair Play financeiro aqui, deveria ser um teto salarial, porque não tem os problemas que a Europa tem com teto salarial. Seria um limite contido internamente. Você não poderia gastar mais do que essa quantidade de dinheiro e garantiria que o fluxo ajudasse os jogadores ao longo de todos os níveis. É possível fazer isso de forma bem saudável […] Esse é meu aviso para Corinthians, Palmeiras, Flamengo… Se não fizermos algo, vamos acordar daqui a 70 anos, sob a atual estrutura administrativa, com as pessoas que estão aqui hoje, o Bahia vai ganhar o Campeonato Brasileiro em 17 de cada 20 anos”, disse o americano.

Textor ainda lembrou o caso do Paris Saint-Germain (PSG), clube financiado pelos petrodólares do Catar. Segundo o dirigente, que também é dono de parte do Lyon, clube francês, é difícil competir com o dinheiro do Oriente Médio.

“Nós temos que competir contra o Catar na França. Estou disputando com um país, não com um dono. Um modelo de gasto desenfreado, sem restrições desde que eles consigam gerar receita suficiente, e eles conseguem devido às relações com o Catar e com os patrocínios. Então conseguem colocar as receitas exatamente para gastar o que querem porque desejam ganhar a Uefa Champions League”, declarou o empresário.

Por fim, ele também fez um comparativo sobre o que acontece na França e o que pode acontecer no Brasil.

“Tenho que competir com isso enquanto dono de um dos grandes clubes da França, que foi campeão nacional sete vezes seguidas entre 2000 e 2008. Agora, aquele clube, o grande Lyon, não consegue competir por nada além do segundo lugar. Nós vamos dar o nosso melhor, espero que tenham um ano ruim. Mas tudo que precisam fazer é colocar a mão no bolso, soltar um pouco de dinheiro do petróleo e eu já era”, afirmou Textor.

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