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Bahia

Vídeo: jornalista acusa ex-companheiro de agressão física e verbal em Luís Eduardo Magalhães

Kamilla Oliveira faz denúncias também à abordagem policial na cidade

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Vídeo: jornalista acusa ex-companheiro de agressão física e verbal em Luís Eduardo Magalhães

Foto: Reprodução / Farol da Bahia

A jornalista Kamila de Oliveira denuncia o ex-companheiro, Marcelo Pedot, por agressão física, psicológica e verbal durante visita à filha de quatro anos em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, no dia 7 de junho. Em entrevista ao Farol da Bahia, ela acusa também a abordagem dos policiais militares e civil que atuaram no atendimento do caso. 

A situação aconteceu em frente à escola da menina após o fim da aula, quando Kamila Oliveira levaria a criança para passar o final de semana consigo. “Quando eu saí de São Paulo para vê-la, eu só queria um momento com ela. Eu queria ter um momento de mãe e filha. Por ele pagar a escola, a escola não me libera a criança. Então, já começou o abuso daí, que eu estava no meu dia direito, a escola não liberou para ela sair comigo. Aí eu fiquei lá aguardando tranquilamente ele chegar.”, relatou. 

A jornalista afirma ter sido agredida quando estava com a menina no colo. “Ele começou a me puxar, ‘me dá minha filha, você não vai pra lugar nenhum com ela, me dar ela aqui’ Chegou um ponto que ele me deu um puxão tão forte assim que eu peguei empurrei ele e aí eu não eu não tenho nem lembrança direito da confusão eu sei que eu fui ao chão com a criança e a diretora veio também ajudou ele a arrancá-la de mim. A direção da escola que deveria me proteger como mulher, como mãe o trancou dentro da escola com a criança, me deixou do lado de fora e eu pedia socorro eu pedia para alguém chamar a polícia, mas ninguém chamou a polícia. 

No vídeo encaminhado ao Farol, Marcelo Pedot está dentro da escola acompanhado por funcionárias e falando ao telefone, enquanto Kamilla está do lado de fora já com um policial militar.

Em fotos (veja abaixo), a jornalista mostra escoriações causadas supostamente pelas agressões. 

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Kamilla Oliveira retornou à São Paulo com medo de retaliações. “Eu me senti totalmente ameaçada. Eu fiquei trancafiada dentro do hotel até o momento até que eu consegui uma forma de eu vir embora. Eu estava extremamente amedrontada, eu só chorava. Foi realmente desesperador. Eu me senti extremamente sozinha ali na cidade e sem apoio da justiça local”.

O Farol da Bahia entrou em contato com Marcelo Pedot, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno. 

Abordagem policial 

A acusação de Kamila Oliveira é estendida à abordagem policial no local das agressões. De acordo com a vítima, houve falta de assistência e resistência para que o caso fosse registrado. 

“Quando a PM chegou ele já tinha feito várias ligações estranhas e a PM já chegou com a fala da seguinte maneira, ‘aqui não aconteceu nada’, eu falei ‘como assim não aconteceu nada, eu estou agredida, tenho marcas e o agressor está aí dentro, é flagrante! ‘Não a gente não faz nada aqui, a gente só vai conduzir vocês à delegacia, cabe lá, julgar, aqui a gente não tem nada e você tem certeza de que você quer conduzir para a delegacia?’, eles ainda ficaram me instigando a deixar quieto”, disse. 

Segundo relato, ela foi encaminhada dentro da viatura da PM e Marcelo Pedot em seu carro próprio. Para Kamilla, o ex-companheiro exercer poder de influência no município e por isso o caso não foi tratado devidamente. 

“Primeiro, era uma suposição no caso de guarda – que corre em segredo de Justiça, porque ele tem muita influência dentro da cidade, ele tem uma empresa muito grande dentro da cidade, ele conhece muitas pessoas, a família dele é muito influente, então eu tinha essa dúvida. Agora, no caso crime da Maria da Penha que ocorreu comigo, eu tive a total certeza, eu fui coagida dentro de uma delegacia, além da Polícia Militar não me prestar o socorro devido, porque eles deveriam ter registrado para dar prisão em flagrante, porque quando eles chegaram lá, ele continuou me agredindo verbalmente, então houve agressões na frente dos PM, era sim flagrante, não fizeram.”, denúncia.

Ainda de acordo com Kamilla, dentro da delegacia ela foi questionada se estava alcoolizada enquanto Pedot ria da situação. 

“Nem o meu corpo-delito eles quiseram fazer na hora, informaram que lá não tinha corpo-delito, que não tinha ML, que só era na quarta-feira. A agressão aconteceu na sexta, eles queriam que eu fizesse o corpo-delito na quarta. nessa situação eu fui até uma UPA, para fazer o exame por conta própria.”, relata. 

O Farol da Bahia entrou em contato com a PM e Polícia Civil sobre o caso. Em nota, a Polícia Militar respondeu que em casos de “denúncias referentes a policiais militares, a corporação disponibiliza os canais de comunicação institucionais para recepcionar os relatos, a exemplo do 0800 284 0011 (Ouvidoria) e o endereço da Corregedoria geral da corporação, localizada na Rua Amazonas, nº 13, Pituba. O sigilo da fonte é garantido”. 

Já a Polícia Civil afirmou que ambos foram ouvidos e liberados. 

“A Delegacia Territorial (DT/Luis Eduardo Magalhães) registrou uma ocorrência de vias de fatos, que aconteceu no dia 7 de junho, no bairro de Jardim Paraíso. Segundo informações preliminares, um casal entrou em luta corporal durante um desentendimento pela guarda da filha. Oitivas estão sendo realizadas para elucidação dos fatos. A dupla foi ouvida na unidade e liberada”. 

Disputa judicial 

Marcelo Pedot entrou em disputa judicial em 2022, requerendo a guarda da menina, recebendo o parecer favorável que concedeu a guarda unilateral. Conforme Kamilla, ele descumpre os acordos de convivência estabelecidos judicialmente e suspeita da “lentidão” do processo. 

“Eu sempre tive a guarda, eu sempre morei com a criança. Ele quase nem via a criança, ele não ajudava financeiramente. Quando eu ganhei um processo de pensão, ele falou pra mim que iria passar um final de semana e não me devolveu. Mesmo eu tendo todas as provas que a criança sempre morou comigo, o juiz deu como verdadeiro somente falas dele e um comprovante de uma matrícula de uma escola de natação. E esse processo não anda, tá na justiça de Luiz Eduardo Magalhães, e esse processo tá meio que travado. Então, meu primeiro questionamento é referente a esse processo de guarda, porque tem irregularidades”, disse. 

“A última vez que ela veio a São Paulo, ele também criou uma confusão. Não é a primeira vez. Ele sabia que ela viria para São Paulo. Foi avisado dentro do processo e ele pegou e começou a fazer boletim de ocorrência, ele falando com a criança todos os dias, eu tenho todas as conversas e prints, ele simplesmente fez um boletim de ocorrência como se eu tivesse sequestrando a minha filha. Eu quero saber o que que o juiz está alegando pra eu não estar com a minha filha que eu tenho condições psicológicas e financeiras de estar criando-a”, concluiu.

Confira mais no vídeo abaixo:

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