Jornalistas do Reino Unido e da Irlanda visitam o Pantanal e acompanham sua regeneração!
Aos detalhes...
Foto: @visitmsoficial
Cinco jornalistas do Reino Unido e da Irlanda, por meio de uma iniciativa da Embratur, vieram ao Brasil exclusivamente para conhecer o Pantanal. A viagem, desenvolvida em parceria com o Sebrae com apoio da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul (Fundtur/MS), aconteceu entre 18 e 22 de novembro com o objetivo de apresentar o bioma, que é Patrimônio Natural da Humanidade, e promover o destino na Europa. Ao longo dos dias de passeio, eles puderam acompanhar de perto o momento de regeneração do meio ambiente depois das secas e queimadas de 2024.
Durante cinco dias, os comunicadores se hospedaram no Caiman Pantanal, hotel-fazenda do Pantanal de Mato Grosso do Sul com uma área que abarca 53 mil hectares do bioma e que tem a missão de preservar fauna, flora e cultura pantaneira. O local possibilitou que o grupo conhecesse o projeto Arara Azul (organização que estuda a biologia e promove a conservação da arara-azul-grande em ambiente natural), participasse de um safári e de um Onçafari, uma expedição focada em avistar o mamífero, fora as atividades de trilha, canoagem e focagem noturna (observação noturna de animais).
O Caiman Pantanal teve parte da sua área incendiada pelas queimadas dos meses anteriores, mas já mostrou aos visitantes o quão rápido e impressionante é o processo de regeneração. Katherine Masters, jornalista do TTG Media, terminou o passeio encantada com o que viu: “Incrível. É um lugar absolutamente maravilhoso. As pessoas precisam aprender mais sobre isso. Quando começarem a ouvir sobre o Pantanal, acho que vão amar aprender mais sobre o trabalho brilhante que vem sendo feito aqui”.
Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundtur/MS, explica que o Pantanal está vivendo o momento de renovação do seu ciclo, portanto, os jornalistas puderam conhecer o trabalho do turismo regenerativo da Caiman. “É um trabalho de conservação que o empreendimento faz há muitos anos, mas agora está focado neste turismo regenerativo. O início das chuvas é o começo do ciclo do Pantanal, de recuperação do bioma. Foi um ano desafiador, então esperamos um volume alto de chuvas aqui e também no Cerrado e na Amazônia, que influenciam no nosso bioma, para a recuperação do Pantanal na sua totalidade”.
Para Wendling, este ciclo histórico de secas e cheias do Pantanal precisa ser mais conhecido para que a região seja melhor compreendida e preservada. “[A seca] faz parte de um processo natural do bioma. Claro que tem se intensificado nos últimos anos, mas faz parte. Que possamos usar isso para nos engajar ainda mais no processo de conservação, entendendo a beleza que é o Pantanal. São mais de 80% de área conservada, um bioma enorme, que é muito importante para a conservação do nosso país e um dos principais ativos ambientais e turísticos do Brasil”, analisa o diretor-presidente.
Patricia Dantas, representante de Relações Públicas da Embratur no Reino Unido que acompanhou a visita, explica que a mídia europeia está constantemente falando sobre as queimadas e o desmatamento. “Vir aqui é bom para ver o outro lado dessa história: todo o trabalho e os projetos realizados visando melhorias. Vimos tudo o que foi queimado, mas está voltando à vida”, completa.
Dados da Embratur mostram que o estado do Mato Grosso do Sul recebeu, até setembro de 2024, 51.173 visitantes estrangeiros. No primeiro semestre deste ano o número foi 18,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, com destaque para os turistas vindos de Portugal, Inglaterra e Estados Unidos.