Jornalistas presos após as eleições são acusados de terrorismo na Venezuela
Prisões ocorreram durante as manifestações contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro
Foto: Reprodução
Quatro jornalistas internacionais, presos durante os protestos que ocorrem na Venezuela após as eleições presidenciais, foram acusados de crimes de terrorismo. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP). Ainda segundo , as autoridades estão impedindo que os profissionais tenham acesso a advogados de defesa.
"Denunciamos a utilização ilegal e arbitrária das leis antiterrorismo na Venezuela, especialmente contra jornalistas e fotojornalistas detidos durante os protestos pós-eleitorais no país”, afirmou o SNTP num comunicado publicado nas redes sociais.
Os profissionais de imprensa foram identificados como Yousner Alvarado (Barinas, oeste) e Deisy Peña (Miranda, centro), o cinegrafista Paúl León (Trujillo, oeste) e o jornalista José Gregorio Carnero (Guárico, centro). Todos eles foram acusados de crimes de terrorismo e estão detidos em prisões de seus respectivos estados.
Protestos após eleições
Todas as prisões ocorreram após as eleições de 28 de julho, durante as manifestações contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. A imprensa local garante que os jornalistas estavam trabalhando no momento da prisão.
Horas depois de Maduro ter sido proclamado presidente reeleito, em 28 de julho, com 52% dos votos, surgiram diversas manifestações em toda a Venezuela contra o resultado.
Os protestos defenderam o voto a favor do candidato da oposição Edmundo González Urrutia, representante de María Corina Machado, principal rival de Maduro nas eleições, que foi desclassificada e denunciou fraudes.