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Bahia

Jovem de 19 anos sofre aborto em Itabuna após procurar atendimento em hospital e não ser atendida

Caso aconteceu no domingo (23)

Por Da Redação
Ás

Jovem de 19 anos sofre aborto em Itabuna após procurar atendimento em hospital e não ser atendida

Foto: Divulgação

Rayssa Vilanova, 19 anos, revelou nesta segunda-feira (24), que sofreu um aborto em casa após procurar atendimento na Maternidade Ester Gomes e no Hospital Manoel Novaes e não ser atendida. O caso aconteceu no último domingo (23), na cidade de Itabuna, no sul da Bahia. Agora, a família da jovem acusa o hospital de negligência médica. O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com informações dos familiares, Rayssa começou apresentar um sangramento, por volta das 8h, do domingo (23). Logo após, ela foi levada pelo namorado para a Maternidade Ester Gomes, onde os dois buscaram atendimento e foram orientados a procurarem o Hospital Manoel Novaes, porque ela precisaria fazer uma ultrassonografia.

Ainda segundo informações da família da jovem, o casal foi até o Hospital Manoel Novaes e ao lá, segundo o namorado de Rayssa Vilanova, a recepcionista da unidade médica disse que o atendimento só seria feito após o pagamento de R$ 650. Segundo o namorado de Rayssa, ele teria insistido para que o atendimento fosse feito, já que o casal não tinha o dinheiro cobrado. Após ter o pedido negado, Rayssa continuou sangrando. O namorado dela decidiu denunciar o caso na Delegacia de Direitos Humanos.

Logo após a intervenção da polícia, a jovem foi atendida por uma médica. Os familiares afirmam que, na ocasião, a médica disse que a saúde da jovem e do bebê não tinha problemas. A jovem continuou sentindo dor e retornou para a Maternidade Ester Gomes, onde fez o exame de toque. Lá, os profissionais também disseram, segundo a família,  que estava tudo bem e pediu para que eles retornassem para casa.

Aborto

Quando chegou em casa, a jovem “ entrou no banheiro e foi tomar banho, o bebê começou a sair. Para não desesperar ela, eu dizia que era os coágulos e mandei ela sentar no vaso. E ela gritava dizendo que não e mostrava as perninhas do bebê", disse Elenita Andrade, mãe de Rayssa.

Segundo a mãe da jovem, ela tentou acalmar a filha, mas não conseguiu evitar o aborto. "Ela gritava, chorava, muita dor, eu comecei a puxar as perninhas. Eu pedia para ela colocar força, para ela ter mais coragem. Ela ficou muito tempo com falta de ar e passando mal e o bebê enganchado".

A família da jovem registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento a Mulher e pretende processar o hospital por negligência médica. Em nota, a Santa Casa de Itabuna, que administra o Hospital Manoel Novaes, informou que a paciente Rayssa Vilanova compareceu à unidade de saúde alegando que tinha sido orientada pela Maternidade Ester Gomes a realizar uma ultrassonografia obstétrica.

Ainda segundo a Santa Casa, a jovem paciente foi informada que o hospital não oferece ultrassonografia de urgência, que é dado um prazo de dois dias para a realização desse tipo de exame.

A Santa Casa esclareceu que, embora não tenha sido regulada e não se enquadrasse no perfil de alta complexidade, a paciente recebeu os cuidados médicos necessários no Hospital Manoel Novaes. Ainda em nota, a Santa Casa afirmou que, a todo o momento, um cidadão de prenome Diego, que se apresentou como delegado de Direitos Humanos, e os demais acompanhantes, coagiram a equipe do hospital, que tentou explicar que a paciente não corria risco de vida e que eles estavam buscando o atendimento no local errado.

"Apesar de o caso ser de baixo risco e, por isso, não se enquadrar no tipo de atendimento do HMN [Hospital Manoel Novaes], Rayssa Vilanova, que estava com 12ª semana de gestação, foi internada na unidade. Ela passa muito bem de saúde, tendo inclusive se alimentado", disse a Santa Casa, em nota.
 

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