Jovens mortos em Arembepe eram irmãos e percussionistas de projeto social do Malê Debalê, o 'maior balé afro do mundo'
Bloco-afro publicou nota de pesar pela morte das vítimas; ninguém foi preso pelo crime
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Os dois jovens, de 15 e 21 anos, mortos a tiros durante um ataque na noite de segunda-feira (7), no Emissário de Arembepe, na cidade de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, eram percussionistas do projeto social Malêzinho, do bloco-afro Malê Debalê – que é considerado o maior balé afro do mundo.
As vítimas são os irmãos Gustavo e Daniel Natividade. O mais novo, Gustavo, foi encontrado morto ainda no local, já Daniel foi localizado ainda ferido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arembepe, mas não resistiu aos ferimentos.
Os irmãos não tinham envolvimento com a criminalidade. No entanto, a suspeita é de que eles tenham sido mortos por causa de uma foto, em que aparecem fazendo um sinal de "paz e amor", interpretado como sendo de uma facção criminosa rival a dos homens que dispararam contra os irmãos.
Nas redes sociais, o Malê Debalê publicou uma nota de pesar pelo assassinato das vítimas. Informações sobre o sepultamento ainda serão divulgadas.
Além dos irmãos, outras duas pessoas restantes ficaram feridas foram levadas para a mesma unidade. Todos os quatro, que não tiveram seus nomes divulgados, moram no bairro de Itapuã, em Salvador, e estavam no local do crime a passeio. O caso é investigado pela Policia Civil.