Juiza do trabalho assegura valor de avaliação sobre terreno da CSN
Governo pretendia desapropriar garagem por R$ 2,5 milhões, e não R$ 10 milhões
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Contrariando o valor oferecido pela desapropriação do terreno da Quadrante ligada ao Consórcio Salvador Norte (CSN) pelo governo estadual, a juíza do Tribunal Regional da 5ª Região (TRT-5), Carla Fernandes Cunha, determinou que em benefício dos empregados o imóvel localizado na Avenida São Cristóvão, em Salvador, continue avaliado em R$10 milhões, e não R$2,5 milhões.
Em entrevista recente ao Farol da Bahia, o presidente em exercício do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fabio Primo, afirmou que parte dos rodoviários demitidos da CSN continuam sem receber os direitos trabalhistas e poderiam ser prejudicados por essa ação do Governo do Estado. Segundo ele, o acordo da rescisão da CSN foi de R$74 milhões e já foi pago R$20 milhões. O outro montante deverá ser quitado através da venda de imóveis oferecidos pelas empresas, entre elas a garagem no bairro de São Cristóvão.
O governo, no entanto, pretendia desapropriar metade da garagem por um valor muito menor que o avaliado pela Justiça (R$2,5 milhões), o que inviabiliza o pagamento dos trabalhadores demitidos. A decisão da juíza foi protocolada na segunda-feira (23), após reivindicação dos rodoviários, e beneficia a classe trabalhadora que luta pelos direitos ainda não pagos.
