Juíza manda prender sogra que matou genro carbonizado em porta-malas de carro
Crime teria ocorrido após saber de agressões contra sua filha
Foto: Divulgação
Apontada como responsável pela morte do seu genro, Iris Silva teve prisão decretada pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias (RJ). A prisão temporária foi decretada pelo crime de homicídio qualificado.
Investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) apontam que a sogra planejou a morte do genro, o motorista de aplicativo Raphael Galvão, após que ele agredia a filha dela durante o relacionamento.
Conforme apontam as investigações, que teve acesso à imagens de câmaras de seguranças, a mulher é vista comprando o combustível utilizado para provocar o incêndio. O corpo do rapaz foi encontrado carbonizado no porta-malas do carro no dia 24 de abril deste ano.
Consta no inquérito que policiais foram acionados por volta das 10h45 daquele dia para averiguar um veículo que estava em chamas na Estrada do Cantão, no bairro Mantiquira, em Caxias (RJ). Em depoimento na especializada, Thamires Silva, esposa de Raphael e filha de Iris, contou que o marido saiu de casa no dia 23 de abril, por volta das 19h, para realizar uma corrida particular, e não acessou mais o WhatsApp depois das 20h03.
Ela chegou a atribuir o crime a uma briga envolvendo o rapaz em um bar alguns dias antes, quando ele teria derrubado cerveja em uma mulher, causando a discussão. A versão da mulher com a qual Raphael brigou, no entanto, é diferente.
Segundo ela, o motorista estava sendo agressivo com a esposa enquanto estavam no estabelecimento, que fica na Praça de Santa Lúcia, em Duque de Caxias. Na delegacia, ela contou ele não teria gostado quando um dos amigos que a acompanhavam olhou para a mesa onde Raphael estava sentado com Thamires, que, segundo a testemunha, chorava enquanto ouvia ameaças de agressão física e frases como “vou desgraçar a sua vida” do marido.
Ao saber das agressões que a filha sofria por parte do marido, Iris Silva teria planejado a morte do rapaz. À polícia, a irmã de Raphael prestou depoimento relatando que, no dia 16 de abril, recebeu uma mensagem de Thamires, esposa do jovem morto.
No texto, ela teria dito que o marido a agrediu a noite inteira, que ela queria ir embora, mas que ele não permitiu que ela saísse de casa.
