Juízas do TJ-BA são denunciadas por suspeita participação em venda de sentenças no oeste da Bahia
A denúncia foi apresentada pela Corregedoria Regional da Polícia Federal na Bahia
Foto: Divulgação | TJ-BA
Duas juízas do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Marlise Freore de Alvarenga e Martha Carneiro Terrin e Sousa, serão investigadas pela Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) por suspeitas de participação em esquema de venda de sentenças no município de Formosa do Rio Preto, no oeste do estado. A decisão foi divulgada no sábado (2).
Segundo a determinação da CNJ, a denúncia foi apresentada pela Corregedoria Regional da Polícia Federal na Bahia sob argumento de que as magistradas estariam envolvidas em esquema de negociação de decisões judiciais no município onde atuavam.
A CNJ deu um prazo de 60 dias para a Corregedoria-Geral da Justiçadas Comarcas do Interior do Estado da Bahia apresentar informações sobre a atuação das juízas e apurar os fatos.
A ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a desembargadora Maria do Socorro, está presa desde 2019 após investigações da Operação Faroeste apontar um suposto favorecimento da magistrada em uma ação de vendas de sentença para pessoas próximas.
Além dela, outros três desembargadores, três juízes do TJ-BA e oito pessoas, investigadas pela Operação Faroeste, serão julgados no dia 6 de maio por crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.