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Juliana Marins pediu socorro por cerca de 14 horas após cair em vulcão, afirmam testemunhas

Há relatos de trilheiros que Juliana gritou até as 18h51; queda aconteceu às 4h

Por Da Redação
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Juliana Marins pediu socorro por cerca de 14 horas após cair em vulcão, afirmam testemunhas

Foto: Reprodução/Instagram

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, pediu socorro por pelo menos 14 horas depois da queda no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi dada pela família da jovem em uma coletiva de imprensa feita no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (11), e teve a participação da Defensoria Pública da União (DPU) e de peritos responsáveis pelo novo laudo pericial. 

Turista espanhóis que estavam no local às 8h54 da manhã, no horário da Indonésia, escutaram um pedido de socorro. Os trilheiros procuraram o perfil da brasileira nas redes sociais, acharam a família dela e compartilharam a localização e uma imagem aérea do local, de acordo com o relato da irmã de Juliana. 

“Nós recebemos uma foto, mas não dava para saber se era Juliana ou uma pedra. Mais tarde, com um vídeo de drone, conseguimos confirmar que era ela. Esse foi o primeiro registro que tivemos após a queda”, disse a irmã.

Juliana caiu por cerca das 4h da manhã, mas os gritos continuaram sendo ouvidos até às 18h51 do mesmo dia, 21 de junho. Na coletiva foram mostradas imagens que revelam o terreno íngreme e acidentado em que a jovem ficou por horas, antes da segunda queda, considerada fatal.

Juliana pode ter sobrevivido por até 32 horas após a primeira queda, afirmaram peritos brasileiros. A estimativa foi realizada baseada em exames de entomologia forense, que examinaram larvas encontradas no corpo da vítima. 

“Identificamos a espécie da larva, o tempo de postura dos ovos e, com isso, conseguimos estimar o momento da morte como sendo ao meio-dia do dia 22, horário da Indonésia”, afirmou o legista Reginaldo Franklin Pereira, da Polícia Civil do Rio.

O perito Nelson Massini acredita que Juliana teve uma morte extremamente dolorosa, com diversas lesões internas e hemorragia. “Foi um processo de sofrimento, com dificuldade respiratória enorme. Os alvéolos pulmonares estavam cheios de sangue. Entra-se numa agonia respiratória e, em seguida, ocorre a morte”, disse.

Possibilidades legais e diplomáticas 

A defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz, durante a coletiva de imprensa, disse que a família terá um papel crucial na condução dos próximos passos. Segundo ela, há três frentes possíveis: criminal, cível e internacional.

Na esfera criminal, a Defensoria pediu à Polícia Federal (PF) a reabertura de um inquérito baseada no princípio da extraterritorialidade — previsto no artigo 7º do Código Penal. Para que isso aconteça, contudo, é preciso uma requisição formal do Ministério da Justiça.

“Recebemos resposta da PF explicando que, como o fato ocorreu no exterior, a apuração como crime depende de uma manifestação do ministro da Justiça. A família ainda vai decidir se quer provocar oficialmente o ministério”, disse a defensora.

Na esfera cível, a família pode mobilizar judicialmente o governo da Indonésia a fim de ter uma indenização por danos morais e materiais. No plano internacional, há a chance de levar o caso à Comissão de Direitos Humanos da ONU.

“A gente ainda vai conversar com a família com calma para decidir que caminhos seguir. Mas agora temos a clareza de que Juliana ficou entre 30 e 32 horas esperando socorro. Isso muda tudo”, finalizou Taísa.


 

Comentários

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Rosa Santos
Muito interessante o facto de o laudo brasileiro que quando saiu nos jornais não sabia precisar a a hora da morte, não havia dados de a juliana ter pedido socorro durante 14 horas. Mas na coletiva (e uma parte foi a irmã que explicou os factos) ficou ligeiramente modificada.. também não consigo entender como no brasil é permitido que uma leiga (mesmo sendo familia, é uma leiga) fala sobre os dados do acontecimento. Na minha opinião que tem que se pronunciar são os peritos, não a familia que está atrás de algo que lhe encha os bolsos de dinheiro á custa da morte da Juliana. Essa familia é pobre de material (falta de dinheiro é uma situação que infelizmente acontece) não tinham dinheiro para pagar o translado é normal niguém está á espera que aconteça algo assim e 55 mil reais não é coisa pouca, mas criticaram a Emirates de descaso...eles não asbem que tem procedimentos para fazer, eles queriam o quê que a Emirates oferece-se um voo privado para a trazer, triste o que aconteceu mas não vamos fazer da Juliana a madre teresa de calcutá, porque até alguns brasileiros jã falaram de canonizar a Juliana. O pai dela viajou para a indonésia (perfeitamente normal, era a filha dele) mas ele não tinha dinheiro para a passagem de volta segundo li. também são pobres espiritualmente pleo simples motivo que se eles acreditam que houve descaso, abandono deveriam deixar isso para as autoridades brasileiras investigarem, mas só que não...Juliana queria ser cremada, não cumpriram o desejo dela porque o dinheiro fala mais alto, dia de velório e enterro da juliana o pai dela falou com os jornalistas (em lugar de chorar e fazer o luto pela filha) e aquele sorriso dele ao contar a história incomodou-me..porque, qual é o pai que está a enterrar a filha e fala ao jornalistas? Qual é o pai que em vez de falar sobre o que a filha foi, da falta que irá afzer, etc...>Não fala do que aconteceu e ainda com im sorriso cinico. Nem comento mais porque não é facil eu falar do que sinto sem chamar a familia da Julinia fria e oportu.... Fui

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