Juro médio do consignado do INSS recua para 22,4% ao ano em março, menor nível desde 2021
Em março, houve uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A taxa média de juros cobrada pelos bancos no empréstimo pessoal consignado para beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recuou para 22,4% ao ano em março, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (3).
Esse é o menor nível desde novembro de 2021, quando o juro médio cobrado na modalidade estava em 21,3% ao ano.
Em março, houve uma queda de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior (22,8% ao ano em fevereiro). Em 12 meses, o recuo foi de 4 pontos percentuais em março do ano passado, o juro médio era de 26,4%.
A queda na taxa que equivale ao juro médio de 1,70% ao mês acompanha a decisão tomada em fevereiro pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) de reduzir os juros do empréstimo pessoal consignado do INSS para 1,72% ao mês, ante 1,76%.
O consignado é um empréstimo feito por aposentados e pensionistas do INSS com desconto direto no benefício. É possível comprometer até 45% da renda mensal sendo 35% com o empréstimo pessoal.
A redução das taxas do consignado do INSS têm seguido a queda da taxa básica (Selic). Desde que o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC iniciou a trajetória de queda da Selic, em agosto do ano passado, o CNPS vem reduzindo periodicamente o teto dos juros do consignado.
O CNPS aprovou em abril uma nova queda da taxa para o empréstimo pessoal consignado, de 1,72% para 1,68% ao mês. Essa redução mais recente ainda não tem reflexo nos últimos dados divulgados pelo BC.
Segundo dados do BC, as concessões de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS foram de R$ 8,4 bilhões em março recuo em relação aos R$ 9,5 bilhões liberados um mês antes. Na comparação anual, contudo, o montante é quase 50% maior (R$ 3,9 bilhões em março de 2023) e acompanha a tendência de alta.
No primeiro trimestre do ano, por sua vez, as concessões de empréstimos nessa categoria atingiram R$ 29 bilhões maior valor desde o início da série histórica do BC, em 2011. Nos três primeiros meses do ano passado, o acumulado tinha sido de R$ 19,7 bilhões.