Justiça anula suspensão de Eduardo Bolsonaro e parlamentares bolsonaristas do PSL

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) anulou a suspensão de 14 parlamentares bolsonaristas do Partido Social Liberal (PSL), incluindo o filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro. A suspensão havia sido aprovada na terça-feira (10), pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A suspensão foi tomada em decisão liminar pelo juiz Giordano Resende Costa, que determinou que sejam suspensas as penalidades aplicadas aos parlamentares até que os julgamentos sejam finalizados. Ainda de acordo com a decisão, o pedido deve ser analisado para avaliar a regularidade da ação, que seria motivado por "notória disputa política" dentro do partido. “Há notória disputa política no âmago do PSL, a qual vem sendo diuturnamente divulgada pela imprensa nacional”.

Além de Eduardo, as suspensões foram direcionadas aos parlamentares: Alê Silva (MG), Daniel Silveira (RJ), Bibo Nunes (RS), Ubiratan Sanderson (RS), Carlos Jordy (RJ), Major Vitor Hugo (GO), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Filipe Barros (PR), Márcio Labre (RJ), General Girão (RN), Junio Amaral (MG) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP).

A suspensão havia sido tomada pelo Conselho de Ética do PSL na semana passada. Segundo entendimento, os parlamentares punidos, que atualmente apresentam discordâncias com o presidente do partido, Luciano Bivar (PE), agiram com desrespeito ao estatuto da legenda, criticaram a direção da sigla e fizeram acusações sobre a gestão de diretórios e dos recursos financeiros.

A discordância entre os dirigentes do PSL foi um dos motivos que fizeram o presidente da República, Jair Bolsonaro se desvincular do partido em novembro deste ano. Em 2020, Bolsonaro passa a integrar o partido criado por ele, chamado Aliança Pelo Brasil.