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Justiça determina devolução do passaporte de sócia de Renato Cariani

Cariani já havia sido liberado pela Justiça na semana passada após um pedido de habeas corpus

Por FolhaPress
Ás

Justiça determina devolução do passaporte de sócia de Renato Cariani

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou a devolução do passaporte da sócia do empresário Renato Cariani, 47, réu acusado de desvio de produtos para o tráfico de drogas. Na decisão desta quinta-feira (25), a corte considerou que Roseli Dorth, também ré no processo, tem colaborado com as investigações. O passaporte de Renato Cariani já havia sido liberado pela Justiça na semana passada após um pedido de habeas corpus.

O tribunal aceitou agora um pedido da defesa da empresária. No texto, o desembargador Marcos Correa, da 6ª Câmara Criminal, considerou que a determinação para apreensão do passaporte representou constrangimento ilegal. Se for viajar para o exterior, no entanto, Roseli deve comunicar a Justiça com pelo menos 15 dias de antecedência.

Na decisão, o juiz afirma que "não houve por parte da denunciada a prática de qualquer ato que indicasse sua inclinação em influenciar de maneira negativa a apuração das imputações ou se furtar à aplicação da
lei penal".

Em fevereiro, a 3ª Vara Criminal de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo e tornou Cariani réu por envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas como cocaína e crack.

Roseli é sócia do influenciador em uma empresa para venda de produtos químicos. Também são réus a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda. e o suposto intermediário Fábio Spinola Mota, apontado como membro PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, advogado de Cariani, a decisão desta quinta foi rigorosamente correta, assim como a que beneficiou o influenciador.

"Não havia elementos para que se pudesse impedir a saída deles do país. O tempo inteiro estão obedecendo as regras, o tempo inteiro não há indicador de que eles pudessem se furtar à legislação", afirmou Cardozo. "No caso de Cariani, inclusive, seria um absurdo que ele fizesse isso, porque ele tem a sua vida inteirinha ligada ao Brasil."

Cardozo afirma que o empresário foi vítima de uma situação armada contra sua empresa e que não há indícios que comprovem a atuação de Cariani no suposto esquema de desvio de produtos. "Os fatos que estão colocados não permitem outra conclusão, e a defesa vai produzir provas contundentes nesse sentido."

Em dezembro do ano passado, Cariani se manifestou por meio de vídeos publicados no Instagram e se disse tranquilo. Segundo ele, a empresa da qual é sócio tem mais de 40 anos e opera com todas as licenças necessárias.

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