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Justiça determina que Vale apresente plano de realocação de indígenas

Indígenas precisaram abandonar aldeias após cheia do rio Paraopeba, contaminado por rejeitos de mineração

Por Da Redação
Ás

Justiça determina que Vale apresente plano de realocação de indígenas

Foto: Arquivo/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) obtiveram uma liminar que obriga a mineradora Vale a apresentar, em até cinco dias, plano de realocação temporária da comunidade indígena Pataxó e Pataxó Hã Hã Hãe, da aldeia Naô Xohâ, que vivem em São Joaquim de Bicas (MG).

A Justiça Federal também determinou que a empresa deve efetuar o pagamento mensal de verba de instalação e manutenção das famílias indígenas realocadas, incluindo aquelas que se viram forçadas a se deslocar em momento anterior ao alagamento da Aldeia Naô Xohã, no valor de um salário mínimo por grupo familiar.

Segundo a ação do MPF e da DPU, as chuvas que atingiram o estado de Minas Gerais na primeira semana de janeiro causaram fortes cheias no rio Paraopeba, que subiu drasticamente, assolando todo o território indígena. Com o alagamento da aldeia as famílias indígenas tiveram de ser resgatadas de barco pelo Corpo de Bombeiros e provisoriamente abrigadas em uma escola municipal.

A Vale teria se recusado a ofertar alternativa de abrigo temporário aos indígenas deslocados compulsoriamente, insistindo que eles podiam retornar para o território atingido pela enchente.

No entanto, relatórios feitos pela Fundação SOS Mata Atlântica, em janeiro de 2020, e pelo Instituto Mineiro de Gestão das águas (Igam) após o rompimento das barragens integrantes da Mina de Córrego do Feijão, em 25 de janeiro de 2019, registraram o derramamento de cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério, os quais atingiram o rio Paraopeba, o que contaminou as águas do rio com metais pesados, tornando-a imprópria para o consumo e utilização humana, dizem MPF e DPU.

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